Streets Of Philadelphia - (Ruas da Filadélfia)
Fora nas ruas da Filadélfia que a reflexão se tornaria um manifesto de certa introspecção simultânea daquele fim tão trágico que já se aproximava em forma de música.
E como num clarão inesperado, de repente, o cenário em volta se transformaria nessa atmosfera inefável diante de sua visão dissecante, esse, intérprete solidário.
O seu mundo sofria uma alteração pela compreensão de telepatia e invisibilidade através dessa partida que foi súbita, mortalmente, conforme a letra de uma declarada carta de despedida.
Nessas lembranças a memória indissolúvel desse amigo permitirá que uma elevada epifania do outro ser amigável não mais exigisse, como antes, o gesto de decoro admirável entre as partes.
Ao caminhar pelas ruas de Filadélfia pode ser avistado Bruce Springsteen nas esquinas dos viciados perdidos em uma busca aflita pelo apreciado amigo famigerado da cidade.
Sua canção ressoava o fim do dilema entre dor e abandono, quando, ainda em vida, a doença iniciava uma contagem regressiva, no adeus solitário, dos passos que representava um luto.
Esse era o embate que iria romper entre composição e ativismo, vidas, que na existência do preconceito com o sentido em paranormalidade, perpetuaria de viagem astral um provável descanso eterno do seu próximo.
Por esta última vez, nas grades do pátio de uma escola, o riso das crianças eram classificados dinamicamente, e mesmo sendo um ciclo de esperança, o porém, logo a frente, em contrapartida, acabava com esse homem aidético, esquecido, por todas as vozes da sua geração.
Então foi que em meados de 1993, os atores Tom Hanks e Denzel Washington, interpretaram sobre a obra de realidade, vívida, de um advogado em fase terminal; - O combate a AIDS, que matava mundialmente naquela época milhões de soropositivos, e inclusive, o próprio personagem homenageado, autor da inspiração de um filme e canção, contados a partir de sua história menos irrelevante pela sociedade insociável; - E mais doravante, pois que, os artistas poderiam, agora, resgatar assim artisticamente até o Oscar, revelando o drama de alguém acometido pelo Vírus da Imunodeficiência Humana: HIV.
Esta sua identidade passava de um renomado doutor em advocacia, chamado: Andrew Beckett, para um anônimo em meio à multidão indiferente, que em tempos depois, finalmente, seria evidenciado numa escala da arte de primeira grandeza, no Dolby Theatre, em Los Angeles, com a música Streetts Of Philadelphia, escrita por Bruce Springsteen.