Prefácio do livro Solidão Poética/2016/2019.
Para mim, a leitura de Solidão Poética fez_me imergir num tempo o qual eu fui um menino que assistia aos garotos mais velhos ostentando seus tais coturnos e Walkmans; pichando pelos os muitos muros da cidade de Manaus: as suas reflexões de sua juventude perdida e romântica.
Entretanto percebi nesta obra que o autor sai de si próprio, como numa cartarse que flui, invadindo sem perceber a nossa tal humanidade, impregnando em nosso ser sua contínua revolta existencialista e espiritual, social e ética. Não obstante sem abandonar um suave erotismo que enrijece a lembrança do nosso anelo sexual e materialista.
Evidente que o ápice dessa descarga sentimental e emocional é largamente óbvia e intencional, em no decorrer das leituras dos textos se percebe que se pode apreciar e observar uma dualidade do sacrifício por deidades na busca de saciar os prazeres carnais e artísticos que faz parte de sua essência poética do poeta.
Alberto Alencar
Escritor, poeta e boêmio.