ÓPIO DO POVO
O Padre Paulo Ricardo em uma de suas aulas aos seminaristas, publicadas no Youtube em 04-01-2012, falou em um trecho o seguinte:
“O Manifesto Comunista termina assim: “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”. Ele previa que os trabalhadores da França iam se unir com os trabalhadores da Alemanha, Inglaterra, Itália, contra a classe capitalista e imporá ditadura do proletariado.
Problema, isso não aconteceu! Marx morreu e não viu a profecia vir abaixo. Ele previa uma Grande Guerra que ele chamava de Guerra Pan-Europeia. Ela de fato aconteceu, foi a Primeira Guerra Mundial. Todo mundo previa um pouco que haveria essa guerra. O próprio Papa São Pio X morreu há 100 anos e dizia continuamente: “A guerra grande acontecerá.”
E de fato aconteceu a Guerra Grande, a Primeira Guerra Mundial. Só que para completa confusão dos marxista os trabalhadores não se uniram. Ao contrário, eles pegaram as armas para matar, horror dos horrores, outros trabalhadores, ou seja, os trabalhadores franceses pegaram em armas para matar os trabalhadores alemães, para defender os interesses de classe dos seus patrões, dos capitalistas. como é possível?
Depois que terminou a Primeira Guerra Mundial o marxismo estava em plena crise teórica. Como era possível que os trabalhadores estivessem tão alienados que não tiveram uma consciência de classe e pegassem em ermas para defender os interesses dos seus patrões. Quem foi que alienou os trabalhadores dessa forma? O próprio Marx já havia identificado que a religião é o ópio do povo.
Isso quer dizer que você está sofrendo e os métodos anestésicos da época, o ópio, foi uma grande descoberta. Era uma grande possibilidade de fazer com que a pessoa fugisse da dor, do sofrimento. E como fugir do sofrimento e da dor existencial? Se drogando. Marx disse que a religião era o ópio do povo. O ópio é muito caro, as pessoas não tinham dinheiro para comprar, então você vai a Igreja, reza o terço, os padres prometem ao povo o paraíso e então as pessoas irão sonhar com o paraíso. Se você nesta terra está “lascado”, numa situação triste, como trabalhador é oprimido, vilipendiado e maltratado pela ambição do capital, não tem problema, reze o terço e espere o paraíso no céu.”
Esta alegoria aplicada por Marx ao Cristianismo, de ser o Cristianismo o ópio do povo, tem o objetivo de deixar bem claro que a narrativa cristã é a principal opositora da narrativa Comunista, movimento político que se realiza com base no pensamento marxista.
As virtudes apregoadas pelo Cristianismo, de favorecer os pobres, lutar pela justiça, liberdade, igualdade e fraternidade, sem armas, com base no amor, tolerância, compreensão e perdão, são as mesmas virtudes apregoadas pelo Comunismo, só que neste é pela revolução, pelo uso de armas, com base no ódio, intolerância, incompreensão e vingança.
Assim são formados os dois exércitos, o cristão capaz de tolerar e perdoar e o Comunista capaz de destruir e se vingar.
Por esse motivo entendemos o porquê de Nossa Senhora vir tantas vezes entre nós para nos advertir dos “erros do Comunismo”. Entendemos a missão da Santa Igreja Católica em estender as lições de Jesus por todo o mundo, e porque o Comunismo logo que tem oportunidade ataca a Igreja Católica e todos os segmentos que defendem o Cristianismo.
Esses dois exércitos possuem estratégias diferentes. Enquanto o Cristianismo usa a Verdade, o Comunismo usa a mentira. Essa estratégia do Comunismo permite que ele se esgueire para dentro da intimidade do seu inimigo, a Santa Igreja Católica, como acontece com as ações da Teologia da Libertação, como uma verdadeira “fumaça de Satanás”, como dizia o Papa Paulo VI.
Cabe a nós, cristãos, vigiar sempre onde se esconde a mentira nos fenômenos da realidade e orar ao Mestre e ao Pai que nos dê forças e coragem para resistir com sabedoria, amor e firmeza aos ataques do mal.