A PEDRA, de INOCÊNCIA MOTA
Meu pitaco sobre a obra literária
Nós nos encontrávamos de vez em quando em uma ou outra atividade social da nossa corporação técnico-profissional. Na ativa, acho que nunca paramos para conversar. Na inatividade também não. Apenas nos cumprimentávamos, posávamos juntas para fotos...coisas assim.
Eu a percebia atenta a tudo. Ligada! Energia? Ótima! Geralmente encontrava-se com o marido ao lado. Uma simpatia também. Penso que ninguém duvida que formam um casal agradável.
Eu nunca soube que ela escrevia. Mas ela sabia que eu fazia isto. Afinal, eu sou do tipo “amostrada”.
A primeira surpresa foi quando ela me ligou para pedir a indicação de uma editora. Banquei o “advogado do diabo”, mas não fui muito “a fundo” para não a desanimar. Conheço bem as dificuldades de “parir” um livro. Já pari seis. E ainda há pessoas que não valorizam o árduo processo, que vai da primeira linha escrita até tê-lo pronto em nossas mãos. Nos meus devaneios, penso que um livro independente deveria custar bem mais caro.
A história da PEDRA começou há mais de duas décadas. Vi nela o retrato da autora, que eu me deliciei em conhecer. Inocência escreve e descreve ambientes com tanta poesia, que tive vontade de comentar cada capítulo com uma quadrinha. Ela conversa com o inanimado quase todo o tempo. Desde a areia onde põe os pés até o horizonte, para onde olha e ouve o seu chamado. Inspira-se, com propriedade, em vários autores do rico acervo literário que leu, de onde extraiu o que considerou mais filosófico e valioso em suas obras. Percorreu desde os clássicos até os contemporâneos, passando por alguns textos bíblicos.
A PEDRA contém ainda nuances leves e até divertidas tiradas do cotidiano da autora. Mas a sua relação com o objeto inanimado, que encontrou por acaso em uma praia há mais de vinte anos, mostra uma Inocência avessa a futilidades, com o pensamento voltado para valores imateriais e com o sentimento de amor sobreposto às demais formas de relacionamento.
Teve dúvidas sobre o que fazer com a pedra. Aqui, nesse processo, aparece bem nítida a sua condição humana. Quem não sofre de insegurança que atire a primeira pedra
Tomou a decisão. Acertou em cheio no conteúdo da sua vida terrena e espiritual desde a infância, que expôs sem se incomodar com a repercussão.
Parabéns, Inocência! Sua obra é linda e emocionante. Obrigada por esta oportunidade de me achegar mais a você, amiga e duas vezes colega.
Sandra Fayad
03/10/2021
Meu pitaco sobre a obra literária
Nós nos encontrávamos de vez em quando em uma ou outra atividade social da nossa corporação técnico-profissional. Na ativa, acho que nunca paramos para conversar. Na inatividade também não. Apenas nos cumprimentávamos, posávamos juntas para fotos...coisas assim.
Eu a percebia atenta a tudo. Ligada! Energia? Ótima! Geralmente encontrava-se com o marido ao lado. Uma simpatia também. Penso que ninguém duvida que formam um casal agradável.
Eu nunca soube que ela escrevia. Mas ela sabia que eu fazia isto. Afinal, eu sou do tipo “amostrada”.
A primeira surpresa foi quando ela me ligou para pedir a indicação de uma editora. Banquei o “advogado do diabo”, mas não fui muito “a fundo” para não a desanimar. Conheço bem as dificuldades de “parir” um livro. Já pari seis. E ainda há pessoas que não valorizam o árduo processo, que vai da primeira linha escrita até tê-lo pronto em nossas mãos. Nos meus devaneios, penso que um livro independente deveria custar bem mais caro.
A história da PEDRA começou há mais de duas décadas. Vi nela o retrato da autora, que eu me deliciei em conhecer. Inocência escreve e descreve ambientes com tanta poesia, que tive vontade de comentar cada capítulo com uma quadrinha. Ela conversa com o inanimado quase todo o tempo. Desde a areia onde põe os pés até o horizonte, para onde olha e ouve o seu chamado. Inspira-se, com propriedade, em vários autores do rico acervo literário que leu, de onde extraiu o que considerou mais filosófico e valioso em suas obras. Percorreu desde os clássicos até os contemporâneos, passando por alguns textos bíblicos.
A PEDRA contém ainda nuances leves e até divertidas tiradas do cotidiano da autora. Mas a sua relação com o objeto inanimado, que encontrou por acaso em uma praia há mais de vinte anos, mostra uma Inocência avessa a futilidades, com o pensamento voltado para valores imateriais e com o sentimento de amor sobreposto às demais formas de relacionamento.
Teve dúvidas sobre o que fazer com a pedra. Aqui, nesse processo, aparece bem nítida a sua condição humana. Quem não sofre de insegurança que atire a primeira pedra
Tomou a decisão. Acertou em cheio no conteúdo da sua vida terrena e espiritual desde a infância, que expôs sem se incomodar com a repercussão.
Parabéns, Inocência! Sua obra é linda e emocionante. Obrigada por esta oportunidade de me achegar mais a você, amiga e duas vezes colega.
Sandra Fayad
03/10/2021