Agostinho de Hipona
Santo Agostinho, em seu livro AS CONFISSÕES - CAPÍTULOS XII em diante, afirma que o passado não existe como também o futuro. Diz ele que o passado se torna presente quando o invocamos como também acontece com o futuro quando o imaginamos. Tudo é feito no presente, então teremos o futuro presente, o passado presente e o presente presente.
Ora, como o tempo não para não há dizermos presente, pois só haverá passado e futuro. Caso o presente tivesse sequer um momento menor que fosse de existência ele já seria a eternidade, pois estaríamos "parados" entre o passado e o futuro.
Como os momentos são infinitamente diminutos, nossa vida estará passando SEMPRE do passado ao futuro e em nenhuma ocasião estaria formada de algum momento estático.
Imagine que a nossa vida fosse uma fita de papel e a nossa vida um fio de raio lazer.
Ao nascermos - no início da fita - ela seria futuro. Ao deslocarmos esse raio de luz ele avançará para o futuro deixando logo IMEDIATAMENTE para trás o passado. Se não há parada nesse deslocamento não poderá haver o presente.
Na marcação de um relógio o ponteiro dos segundo não se estacam em momento algum, avançando para o futuro e deixando o passado para trás.