BOLSONARO COM CERTEZA DEVERIA SABER???

SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA QUANTO AO CASO QUEIROZ!!!

Datafolha resgata confiança de Bolsonaro, que agora topa falar sobre Queiroz

Jair Bolsonaro pode não saber de muita coisa.

Mas sabe que, entre tantos problemas do país, um deles não é a lisura do sistema de votação eletrônica.

Foi este sistema, inclusive, que o elegeu. E elegeu uma bancada que ele mesmo implodiu. E governadores, de quem se afastou um a um.

Se há agora suspeita sobre as urnas eletrônicas é porque ele sabe que um resultado adverso, daqui a dois anos, é mais palpável do que qualquer prova que jamais apresentou.

Como o amigo Donald Trump, Bolsonaro sabe quem venceu as eleições nos EUA, embora tenha telefonado ao vencedor apenas ontem. E sabe onde o ídolo americano quer chegar quando coloca sob suspeita o resultado das urnas em seu país.

Bolsonaro sabe também que não tem ideia do que fazer diante da pandemia do coronavírus.

Sabe que, não fosse o Congresso, estaria com a popularidade no volume morto sem a extensão do auxílio emergencial que sua equipe econômica fazia bico para aceitar.

Bolsonaro sabe também que, não fossem os esforços das lideranças do Congresso, nem mesmo a reforma da Previdência teria andado em seu primeiro ano de gestão.

Bolsonaro sabe que só o investimento maciço em testagem em massa e imunização pode fazer o país retomar a normalidade pré-pandemia.

E sabe que não há razões para não tomar vacina, a não ser aquelas que não quer admitir.

Sabe que não existe vácuo em política e que o boicote contra o programa do governo de São Paulo é só fumaça para não perder protagonismo.

Bolsonaro pode não saber da dinâmica da economia. Talvez não seja capaz de falar por mais de dois minutos sobre o sistema público de saúde do país que governa. Nem da diferença entre RNA e vírus inativo.

É capaz de devolver um desenho de arminha se precisar escrever uma redação numa folha em branco sobre patógenos e microrganismos.

Mas sabe onde está e como chegou até ali.

Sabe que pesquisas de opinião são os retratos mais seguros da resposta popular às ações de qualquer governo.

E que pode submergir ou não a partir de sua divulgação.

Desde a divulgação do último Datafolha, Bolsonaro saiu da toca para falar com confiança e desenvoltura. Sabe que só 8% dos brasileiros acreditam que ele seja o principal culpado pelos 180 mil mortos na pandemia.

Bolsonaro sabe da sua responsabilidade e isso basta.

Sabe também com quem anda.

E os amigos que tem.

Ou tinha.

Confiante, Bolsonaro foi à TV sabendo como iria repercutir sua entrevista a José Luiz Datena ao longo do dia.

Sabia que era hora de sair das cordas e reagir à onda de notícias negativas que, ele sabe, não foram inventadas.

Bolsonaro sabe o que preocupava Fabrício Queiroz quando ele dizia, num áudio revelado à imprensa, que o Ministério Público do Rio tinha uma pica do tamanho de um cometa pra enterra na gente.

Sabe quem era esse “a gente”.

Sabe que o mandato de presidente garantido pela Constituição não se estende a laços sanguíneos.

Sabe o que é República e o que é Monarquia.

O que é público e o que é privado.

Sabe que equipamento público não está à disposição de interesses privados.

Nem de presidente nem dos filhos de presidente.

Bolsonaro sabe que “rachadinha” não é eufemismo de coisa menos grave.

Sabe o que são favores pessoais e o que é movimentação atípica.

Sabe que não existe acaso nem compaixão quando o ex-amigo encrencado ganha abrigo no sítio do advogado da família que começava a ver a cotação de seus honorários disparar.

Sabe com quem o ex-amigo conversava quando planejava fugir.

Sabe que o amigo encrencado depositou R$ 89 mil para sua esposa e não parou ali.

Sabe por que ficava irritado quando algum jornalista insistia na pergunta.

Na TV, Bolsonaro agora divide o valor dos pagamentos por ordem cronológica para perguntar se R$ 750 mensais configura propina.

Faltou perguntar “e daí?”, como quando percebeu que já não tinha resposta a dar diante do avanço da pandemia que não conseguiu conter.

No campo das investigações policiais, a pergunta de Bolsonaro é uma resposta em si, mas ninguém havia perguntado nada. A palavra saiu da boca do próprio presidente --que nem investigado é.

Bolsonaro sabe disso.

Deveria saber.

Nota do divulgador: - ACHO QUE JOGUEI FORA O MEU VOTO NO PRIMEIRO TURNO DE 2018!!! 2022 REALMENTE NÃO PRETENDO ERRAR DE NOVO!!!!