Só 762 milhões de reais ou de dólares????

Enchentes em SP causam prejuízo anual de R$ 762 milhões, diz pesquisa

Projeção baseada em dados de 2008 é da Faculdade de Economia da USP.

Impacto medido no estudo é referente a reflexo na economia de todo o país.

As enchentes que são comuns em São Paulo nos meses de verão causam um prejuízo que vai além do trânsito caótico, dos semáforos quebrados e da queda de árvores. Segundo pesquisa da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP, o prejuízo dos alagamentos em São Paulo ao país é de R$ 762 milhões ao ano.

O estudo é de autoria dos pesquisadores Eduardo Amaral Haddad e Eliane Teixeira, foi concluído em fevereiro e será publicado na revista Habitat International.

A pesquisa analisou os 749 pontos de alagamentos na cidade do mapeamento do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo de 2008. Eduardo Haddad e Eliane Teixeira projetaram então quanto os alagamentos afetaram a produção de empresas próximas, considerando redução de vendas, entregas, e falta de funcionários, entre outros fatores.

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A conclusão da pesquisa é que as enchentes afetam o funcionamento de empresas (sejam indústrias, comércio ou serviços) situadas a até 200 metros do ponto de alagamento, sendo as mais próximas as mais afetadas. Cada ponto de alagamento registrada causará no final do ano um perda de Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 1 milhão.

“É um fenômeno aparentemente muito localizado, mas dada a relevância da cidade para o país, considerando que são feitas compras e vendas entre empresas de São Paulo e de outras cidades, há reflexos em todo o país”, afirmou Eduardo Haddad.

Competitividade

Para o pesquisador, os alagamentos aumentam os custos das empresas instaladas em São Paulo e prejudicam sua competitividade nos mercados doméstico e internacional.

“Dependendo do horário, os trabalhadores não conseguem chegar. Às vezes vão embora mais cedo, como se a empresa tivesse fechado. Dependendo do setor, um consumidor potencial que estaria passando por ali não sai de casa. São vários os impactos”, disse.

Além dos dados do CGE, os pesquisadores usaram um mapa das empresas da cidade e quanto gastam com funcionários, por exemplo. Os dados foram obtidos no Ministério do Trabalho e Emprego e no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo é chamado “Economic Impacts of Natural Disasters in Megacities: The Case of Floods in São Paulo, Brazil (Impactos Econômicos de Desastres Naturais em Megacidades: O Caso das Inundações em São Paulo, Brasil)”. Eduardo Amaral Haddad é também pesquisador na área de Economia das Mudanças Climáticas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC).

Prefeitura

O prefeito Fernando Haddad (PT) anunciou no final de fevereiro que investirá cerca de R$ 150 milhões em obras de microdrenagem espalhadas pela cidade. Neste ano ano o governo federal liberou R$ 600 milhões para a construção de mais quatro reservatórios na capital. A expectativa é que a cidade ganhe 14 novos piscinões em quatro anos.

“São projetos que demoram até quatro anos [para ficarem prontos]. Até o final da gestão de Haddad, a expectativa é a de que os piscinões sejam construídos”, disse Chico Macena, secretário de Coordenação das Subprefeituras.

Nota do divulgador:- Com certeza a chuva de 10 de fevereiro de 2020, com certeza os prejuizos suplantam esse tal gasto anual como prejuízo de inundações, pois as perdas não foram apenas dos moradores, mas o caos formado com produtos alimentícios, que com certeza quem vai arcar com o prejuízo somos nós que pagaremos bem mais caro pelos alimentos (custo imputado dos prejuizos de 30 milhões de perdas dos comerciantes do CEAGESP)... E o governo não faz nada para melhorar, pois os urbanistas não tem noção do que possam fazer para melhorar????