1128-CISQUINHA, A FORMIGUINHA GIGANTE

CISQUINHA, A FORMIGA GIGANTE

Acabo de chegar, voltando de um mundo maravilhoso, meio imaginário e meio real, criado por uma pessoa que sabe mesclar, com maestria, os muitos mundos que existem em nossa existência real com a infinitude de possibilidades da imaginação criativa.

Vivi uma aventura fantástica, levado pela linguagem infanto-juvenil, adulta e da melhor-idade de Kinkas Costa.

Estou falando de CISQUINHA, A FORMIGA GIGANTE, e do mundo maravilhoso onde ela e seus amigos (e inimigos) se movimentam em todas as dimensões imagináveis.

O livro é um objeto mágico: quando o leitor o abre, abre-se para ele um universo de múltiplas, infinitas dimensões, e guiado pelo autor, viaja por onde levar a imaginação do leitor.

E Kinkas é o guia-mestre no mundo criado por ele mesmo. Os personagens, apresentados sob formas de animais, são tão humanos, e talvez até mais, do que nós, agentes da espécie humana.

Eles nascem, crescem, têm sentimentos, transformam-se e são imortais. Mesmo quando aparentemente desaparecem ou passam por tragédias mortais, ressurgem em novas formas, são redimidas e revivem de forma inusitada e surpreendente, como, aliás, é a narrativa do autor. Eles, os seres reais e ao mesmo tempo fictícios, sofrem, têm vaidades, desejam vingança, padecem por falta de estima própria, desejam o possível e o impossível, enfim, todas nossas emoções e sentimentos estão inseridos nos habitantes desta linda terra do nunca, que ora é Belo Horizonte, ora é a Amazônia.

E também têm valores, transmitidos aos leitores, principalmente às crianças, de forma tranquila e singela, entremeados por bom humor ou por situações de perigo ou de tragédia.

O bulling, a gula, a vaidade, a vontade de poder, são apresentados e exemplarmente punidos, com transformações dos personagens, que fazem do limão uma limonada, por assim dizer.

E as virtudes! São maravilhosos os trechos de altruísmo, gratidão, reconhecimento de valores positivos, de superação.

Tudo é vida, é sentimento, é encanto e magia.

Ainda não assisti Kinkas contando histórias. Dever ser algo de encantador e fascinante. Qualquer dia vou voltar à infância e ver Kinkas no palco ou em uma roda de contação de histórias. Será, tenho certeza, uma experiência linda de morrer.

Kinkas me presenteou com uma cópia (ainda em formatação) de CISQUINHA, A FORMIGA GIGANTE, pelo computador. Fiquei fascinado com a apresentação gráfica, e, mais ainda, pelos desenhos de Claudia Vitarelli, cuja fidelidade visual ao texto é impressionante; a delicadeza de expressão e de cores são de uma sensibilidade sem par.

Longa e linda vida à CISQUINHA e a todos o personagens maravilhosos de Kinkas Costa.

Belo Horizonte, 23/10/2019

Antonio Roque Gobbo

Contista, criador das séries “1.000 Histórias” e “Infinitas Histórias”.

Antonio Roque Gobbo
Enviado por Antonio Roque Gobbo em 07/02/2020
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