RESENHA: FILME ELIS REGINA

A adolescente Elis Regina chegou ao Rio de janeiro junto com o seu pai para tentar a sorte no bares cariocas e quem sabe até gravar um disco.

Depois que o seu talento fora descoberto e concomitante a isso a grande oportunidade de apresentar um programa ao lado de Jair Rodrigues, seu pai embarcou num trem e, simplesmente retornou ao Rio Grande do Sul.

Nesse instante Elis passou a assumir uma responsabilidade imensa, mesmo estando na adolescência, que era sustentar por intermédio da música. Sobre os seus ombros carregou o peso de ser “o homem da casa”.

Futuramente Elis fora morar em São Paulo, lá estando foi premiada em diversos festivais. Ela cantava Bossa Nova e MPB.

Ao longo do tempo, devido à sua personalidade forte, ela preferia escolher seu próprio repertório. Não se simpatizava com as gravadoras preocupadas apenas com o lucro e o dinheiro.

Para Elis o artista sempre estava em primeiro lugar e que era impossível produzir discos sem o artista. Ela preferia cantar o que efetivamente lhe dava prazer.

Contudo,nem sempre foi assim. Após retornar de uma turnê da Europa,ela foi abordada por policiais. Sofreu preconceito por ter divorciado do seu 1º marido, Ronaldo Bôscoli. Desse relacionamento foi concebido o seu filho João Marcelo.

A realidade é que em entrevista numa de suas turnês européias ela fez críticas ao Brasil. Coagida, alegou que fora mal interpretada pelos gringos.

Assim sendo, não restou, então outra alternativa para Elis senão cantar para os militares em plena Olimpíada do exército.

Posteriormente Elis, ficou encantada por um novo amor, o pianista Cesar Mariano.

E, com ele casou-se pela 2ª vez. Tiveram dois filhos, a saber, Pedro Mariano e Maria Rita.Porém após desentendimentos o relacionamento chegou ao fim.

Agora Elis passou a ter pela frenteo desafio de apresentar-se no palco sem o exemplar pianista César mariano.

Ressalta-se que Elis Regina foi uma mulher avançada e totalmente moderna para o seu tempo.

Era pessoa ingênua, sem malícia, queria custear-se através da arte de cantar.

Ela não tinha medo do perigo, enfrentava todos os riscos.

É de se ressaltar que quando iniciou a carreira, algumas pessoas falavam que ela era “dura” nos palcos. Logo, apresentaram-lhe maconha com o argumento de que isso a deixaria mais “solta” em suas apresentações.

Acrescenta-se que o whisky também lhe fora apresentado como uma espécie de remédio, algo para reduzir a inibição no palco, o que não havia sido rejeitado por Elis.

Infelizmente com o passar dos anos a grande Elis entrou no mundo do álcool e das drogas, o que diminuiu o seu tempo de carreira.

Certa noite , após bate papo com o namorado e amigos, escutando músicas e pensando num futuro disco ela exagerou na dose e a overdose lhe custou a vida.

Foi uma grande perda, porém é indiscutível que Elis Regina teve uma vida intensa e desregrada, mas o seu canto jamais sairá do peito e d cabeça dos fãs, que até hoje lamentam a sua morte.

Logo, não há dúvidas, estivemos diante de uma trágica partida, um eterno lamento. Uma cantora que jamais será esquecida tamanho o sucesso da bela e apimentada gaúcha.

Paula Fávaro Abreu
Enviado por Paula Fávaro Abreu em 16/02/2019
Reeditado em 16/02/2019
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