ESPARTA E CORINTO
ESPARTA E CORINTO
I
Em 1.200 antes de Cristo
No Mediterrâneo Oriental
Bem na Idade de Bronze
Houve colapso total.
II
É então que os imigrantes
Entraram pra habitar
Na Grécia e Ásia Menor
Espalharam-se por lá.
III
Alguns logo foram expulsos
Mas outros se instalaram
E falando a sua língua,
O dórico eles espalharam.
IV
Assim, após algum tempo,
A invasão se firmou
E todo o Peloponeso
Essa língua adotou.
V
Os dórios ou lacedemônios
Eram a pólis de Esparta,
Eles tinham autonomia
Mas nada era de graça.
VI
Então serviam ao exército
Porque deles dependiam,
Submetidos às regras
Que os espartanos faziam.
VII
Então, passado um tempo,
Esparta pode atravessar
A Cordilheira do Taigeto
E passa então a mandar.
VIII
Assim conquista Messênia
E os habitantes de lá,
Reduzindo-os a servos
Dos senhores a governar.
IX
Os servos chamados hilotas,
Trabalhavam pros senhores,
Que eram donos de terras,
Espartanos, exploradores.
X
Na história de Esparta
Há duas famílias reais,
Separadas pelas forças
Que uma diarquia traz.
XI
Messênia desenvolveu-se
Em um estado militar,
Totalitário, altivo
E disposto a mandar.
XII
E isso aconteceu
Pela subserviência
Dos hilotas dominados
Escravos da inteligência.
XIII
Uma vez, no século sétimo,
Houve uma revolução
A economia de Esparta
Estava em transição.
XIV
E disso então resultou
Reorganização militar
Com a Falange Hoplítica
Houve mudança no ar.
XV
Esses fatos decorridos
Desafiaram autoridades,
E os espartanos comuns
Mostram as necessidades.
XVI
A reforma de Licurgo
Veio guardar os direitos
Que negavam às pessoas
Faltando-lhes com respeito.
XVII
E no chamado Licurgo,
A Gerousia na Apella
Aconselhava os reis
À convivência mais bela.
XVIII
Também havia os éferos ,
Que eram os cinco oficiais,
Para guardar os direitos
E dá um pouco de paz.
XIX
E a reforma de Licurgo
Também trouxe treinamento,
Todo homem espartano
Teve direcionamento.
XX
À serviço do exército,
Teve que se dedicar
Porque estava na lei
Os passos que ia dar.
XXI
Ao nascer uma criança,
Logo era inspecionada,
Porque se fosse doente
No Taigeto era largada.
XXII
Aos sete anos de idade
O menino começava
A estudar na escola
Que o estado mandava.
XXIII
E na referida escola,
Seu treino disciplinar:
Resistência e patriota
Teria que se formar.
XXIV
Aos vinte, ele ingressava
No exército pra lutar.
Também ele se casava
Mas não saia de lá.
XXV
Aos trinta, ele entrava
Na fileira dos iguais
E lá ele se formava
Em um soldado eficaz.
XXVI
Em 660 antes de Cristo,
Esparta estremeceu,
Sofrendo uma derrota,
Ao norte Argos venceu.
XXVII
Desse fato originou-se
A revolta dos hilotas,
Que apoiados por Argos
Deram uma viravolta.
XXVIII
E na guerra que seguiu
Esparta foi quem ganhou,
Dominou Peloponeso
E a Argos isolou.
XXIX
Tendo o poder em mãos
Fez uma grande reunião
Da Liga Peloponésia ,
Fortaleceu a nação.
XXX
E dessa forma Esparta
Foi muito desenvolvida
O mais poderoso estado
Da Grécia reconhecida.
XXXI
Outros gregos viam Esparta
Com muita admiração,
Ou amando o seu progresso
Ou condenando a opressão.
XXXII
E a Polis de Corinto,
Formada por sete cidades,
Emergia na luz da história
Com muita diversidade.
XXXIII
E foi então com a pólis
Que Corinto ascendeu
Governada por Clã dório
Ela se submeteu.
XXXIV
Sob os Bakkhiadai
Ela se desenvolveu
Voltando-se ao comércio
Que melhora ocorreu.
XXXV
Em navios e cerâmicas
Corinto se destacou
Exportando para a Grécia
O que ela fabricou.
XXXVI
Mas o tirano Cipselo
Os Bakkhiadais expulsou
Governando com Periandro
A Corinto que tomou.
XXXVII
Com a morte de Periandro
Outro rei quis governar,
Mas logo o assassinaram
Para Corinto tomar.
XXXVIII
E os ricos comerciantes
Ficaram com o poder
Instalando oligarquia
Para o mundo conhecer.
XXXIX
Então Corinto alcançou
Sucesso e prosperidade
No comércio ocidental
Destacou-se das cidades.
XL
Mas isso chama atenção
E causa admiração,
Atenas fica de olho
E começa a ambição.