Resumo do Livro: A Crise de Integridade

A Crise de Integridade

Warren W. Wiersbe

O autor do livro “A Crise de integridade” pergunta que palavra se assemelharia melhor com a Igreja em sua situação atual: Reavivamento, renovação, reavaliação ou ruína? Depois de muito pensar ele chegou à conclusão que seria opróbrio. Apesar de que segundo ele, essa palavra descreve outros setores da sociedade e cita alguns escândalos ocorridos. Mas por fim, ele diz que agora o último escândalo refere-se à Igreja. Porque essa crise atinge o âmago da sua autoridade e ministério, ou seja, a Igreja está desprovida de integridade. Ele diz que o diagnostico é aflitivo e o remédio dispendioso, mas a Igreja deve ter a coragem de enfrentá-los honestamente e fazer o que é preciso. Está em debate segundo ele não somente sua conduta, mas também o seu caráter.

Segundo ele é estranho que esses escândalos ocorram numa época em que muitos cristãos se vangloriem da força e da popularidade do cristianismo conservador! Pois temos Igrejas cheias, ministérios pelo rádio e televisão, grandes convenções, escritores e músicos cristãos respeitados, livrarias cristãs, classes bíblicas e serviços religiosos em escolas, universidades, repartições públicas e escritórios e até mesmo em vestuários. Lideres de Igrejas entrevistados pela rede de televisão e rádio e entre eles há os que exercem influencia no cenário político. Ele diz que mesmo assim alguma coisa está radicalmente errada quando o ministério evangélico é tão popular e ao mesmo tempo tão fraco. Ele diz que talvez a sua popularidade seja a causa da sua fraqueza; afinal, reputação e caráter são coisas bem diferentes.

O autor diz que para compreender a integridade, precisamos entender que há duas forças operando no mundo: Deus está unindo as coisas, o pecado as está separando. Deus deseja unidade; Satanás quer divisão. O propósito de Deus é “fazer convergir nele (Cristo)... todas as coisas” (Ef 1:10), e Cristo não pode aceitar neutralidade. A igreja é o principal instrumento que Deus tem neste mundo para unir as coisas; a fim de bem executar o seu trabalho, ela própria precisa possuir inteireza. Jesus disse que a integridade envolve toda a pessoa interior: O coração, a mente e a vontade. Um coração honesto não tenta amar a Deus e o mundo. Uma mente honesta, ponto de vista honesto (“olhos”) que leva a vida para a direção certa. Uma vontade honesta; serve apenas a um senhor. O autor diz que a tragédia de hoje, porém, é que muitos não conhecem a diferença entre a realidade e o fingimento; o que a maioria chama de “benção” pode ser de fato julgamento de Deus!

De acordo com o autor, a crise enfrentada pela Igreja hoje é semelhante a que Jeremias e o seu povo enfrentaram nos dias anteriores ao cativeiro da Babilônia. E também semelhante a que Neemias enfrentou quando ele arriscou a sua vida para reconstruir o que o inimigo tinha destruído. Jeremias levou quarenta anos tentando evitar a crise. Neemias e Jeremias viveram em dias de opróbrio. Diz o autor que quando a reforma religiosa de Josias começou Jeremias, que tinha estado profetizando por aproximadamente cinco anos, cooperou com ela. Mas, então, começou a ver que, em essência, nada se modificava na vida espiritual da nação. Por decreto, Josias pôde eliminar os ídolos da terra, mas não pôde eliminá-los do coração do povo. A religião antiga era de bom-tom, e todos queriam estar na moda. De acordo com o autor, Jeremias compreendeu a falsa religião dos seus dias e ousou proclamar a verdade, apesar disso significar solidão, perseguição e martírio. Para os profetas e sacerdotes, ele era herege; para os políticos e o povo; traidor. A religião ortodoxa da época de Jeremias se parecia com o cristianismo ortodoxo dos nossos dias. O que o povo dizia acreditar fazia pouca ou nenhuma diferença quanto ao modo de viver. Tinham uma forma popular de piedade (reputação), mas nessa piedade não havia poder moral ou espiritual (caráter). A religião prosperava enquanto o pecado da nação se intensificava e o julgamento de Deus amadurecia.

O autor cita Vance Havner que descreveu a igreja de maneira exata disse: “Nos dias de hoje somos desafiados, mas não transformados; convencidos, mas não convertidos. Ouvimos, mas não praticamos; e, desse modo, enganamos a nós mesmos”. O autor diz que há outro paralelo entre os dias atuais e os de Jeremias: Naquela época a religião era um “grande negocio” e o ministério do templo estava prosperando. Os sacerdotes e falsos profetas comercializavam a popularidade da religião que dava às pessoas experiências suficientes para torná-las felizes, mas não a verdade capaz de torná-las consagradas. Podiam adorar a Baal num dia e depois, no dia seguinte, adorar a Jeová; ninguém estava inclinado a criticar tais pessoas, apesar de os adoradores de Baal terem permissão para assassinar os próprios filhos. Jeremias clamou: “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra; os profetas profetizam falsamente e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo” (Jr 5:30-31). Diz o autor que aqueles homens pensavam estar cheios do espírito, mas foram enganados pelos espíritos. Em sua duplicidade, transformaram a luz em trevas. Usaram a linguagem familiar teológica, o que tornou as mensagens ainda mais perigosas. Asseguraram que o julgamento jamais viria a Judá porque Deus estava ao lado do povo.

O autor cita Eugene Peterson que diz: “Religião era socorro sobrenatural para fazer qualquer coisa que se desejasse: fazer dinheiro, garantir boa colheita, sentir-se bem, assassinar a pessoa odiada, ‘passar a perna’ no vizinho”. Em Jr 2:13 Jeová diz: “Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas. E cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas. O autor também cita George Whitefield que disse: “Do mesmo modo que Deus não pode conceder maior bênção a uma nação ou a um povo do que dar-lhe ministros fiéis, sinceros e retos, a maldição que Deus poderia mandar para um povo seria dar-lhe guias cegos, impenitentes, carnais mornos e incapazes. Todavia, em todas as épocas, tem havido muitos lobos em vestes de carneiros... que profetizaram palavras mais suaves do que as permitidas por Deus.

O autor diz que a razão pela qual o povo Judá não se envergonhou de haver aceitado e apoiado um sistema religioso que destronou o verdadeiro Deus que os tinha engrandecido, foi o coração. Em Jr 17:9 diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”. E diz mais que o cenário de hoje é diferente da época de Jeremias, mas os atores não mudaram. O autor diz que os lideres seguiam seus próprios anseios que habitam em todos nós, anseios de poder, riqueza e popularidade. Ele diz que a atual crise de integridade da igreja seja em parte resultado do falso sucesso do movimento evangélico dos últimos anos, e cita Jon Johnson que disse: “A popularidade evangélica atual apresenta pressões poderosas para transigir com valores bíblicos devido à aceitação social. Nossa condescendência chegou a proporções epidêmicas”. Ele também diz que o que pode ser “sucesso” para alguns, é para outro julgamento de Deus, e cita George Mac Donald que disse: “O homem falhará desgraçadamente em qualquer coisa que faça sem Deus, ou, mais desgraçadamente ainda terá sucesso”. O autor também nos mostra o que o Senhor disse por intermédio de Malaquias aos líderes religiosos da época: “Agora, ó sacerdotes, para vós outros é este mandamento. Se o não ouvirdes, e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos exércitos, enviarei sobre vós a maldição, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque vós não propondes isso no coração”(Ml 2:1-2).

O autor enumera alguns “substitutos evangélicos” que tem roubado a integridade da igreja: O desejo de que a igreja receba a aprovação do mundo em geral e de “pessoas importantes”, em particular, e de que elas sejam aceitas, os políticos, a televisão, estatísticas, culto da personalidade. O autor diz que erramos e foi uma questão de integridade; substituímos a produção de frutos para a glória de Deus por “resultados obtidos”, e cita Robert Murray Mc Cheyne que disse: “Deus abençoa muito mais a grande semelhança com Jesus do que os grandes talentos”. O autor diz que separamos o ministério da adoração, o testemunho do caráter e o dever da doutrina. Tudo fizemos para conquistar popularidade e conseguir resultados em vez de produzir frutos para a gloria de Deus. E ele diz ainda que mesmo com todas as nossas magníficas estatísticas, não chegamos a dar um passo sequer para ajudar a sociedade com os seus problemas de abuso de narcóticos, crime, questões familiares e imoralidade sexual.

Segundo ele, devemos enfrentar a situação honestamente e pedir perdão a Deus, e cita Vance Havner que disse: “A Grande Comissão é, na verdade, nosso programa até os fins dos tempos, mas a maior ordem do nosso Senhor à igreja é ‘Arrependi-vos’”. É preciso envergonhar-nos, é preciso arrepender-nos, e diz que a oração de Esdras nos ajude a começar. “Meu Deus! estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus; porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa cresceu até aos céus” (Ed 9:6). Quanto a responsabilidade, o autor diz que os servos de Deus são despenseiros divinamente ordenados que são “encarregados do evangelho”. Ele diz que essa fidelidade contém pelo menos três elementos que precisam ser corretos: a mensagem (“nossa exortação não procede de engano”), o motivo (“nem de impureza”), o método (“não se baseia em dolo”). A mensagem correta é o evangelho de Jesus Cristo, o evangelho da graça de Deus. Há apenas um evangelho, que se centraliza na morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo. O evangelho (as boas-novas) é “que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Co 15:3-4). Deus é de tal zeloso dessa mensagem que declara “anátema” todo aquele que pregar outro “evangelho” (Gl 1:69).

De acordo com o autor, o evangelho do êxito é uma mensagem barata destinada às pessoas que procuram uma “solução rápida” para as suas vidas, mas não mudança permanente no seu caráter. Ele cita A. W. Tozer que disse: “Parece que muitos cristãos desejam desfrutar a sensação de sentir-se justos, mas não estão dispostos a agüentar a inconveniência de ser corretos”. Segundo o autor, quando mudamos a mensagem de Deus, mudamos o Deus da mensagem. O Deus dos pregadores do “êxito” não é o da bíblia ou da igreja primitiva. É um deus manufaturado, um ídolo. O autor cita A. W. Tozer, que disse: “A essência da idolatria é a consideração de pensamentos a respeito de Deus que são indignos dele”. O autor diz que o evangelho popular do êxito, tenta levar-nos a crer que o maior interesse divino é tornar-se felizes, não fazer-nos santos, e que ele está mais preocupado com a parte física e material do que com a moral e espiritual. Ele ainda diz que o ”deus do êxito” é um menino de recados celestial cuja única responsabilidade é atender a todos os nossos pedidos e assegurar que estamos desfrutando a vida. Eles tem um evangelho sem integridade, uma mensagem truncada, afastada do próprio Deus que dizem representar. O evangelho do êxito não somente apresenta uma visão distorcida de Deus, mas também deturpa a doutrina bíblica da Pessoa e obra de Jesus Cristo. Jesus derramou o seu sangue para cumprir a santa lei divina a fim de que os pecadores perdidos pudessem ser perdoados e reconciliados com Deus. Jesus não morreu para tornar-nos saudáveis, ricos e felizes. Ele morreu para fazer-nos santos. Transformar o calvário em cartão de crédito santificado que nos dê o privilegio de uma orgia de compras hedonista é depreciar a coisa de mais alto preço que Deus já fez. Quanto ao motivo o autor diz que precisamos pregar com os motivos certos. “Pois a nossa exortação não procede de ... impureza” (Ts 2:3). Paulo não se fez perito em agradar homens a fim de se tornar um pregador popular, nem explorou o povo a fim de se tornar um pregador rico. O motivo básico do seu ministério era agradar a Deus. ele sabia que Deus testava o seu coração constantemente para ver se os seus motivos eram puros. Henry David Thoreau, citado pelo autor disse: “Não há um cheiro tão mau quanto o que exala da virtude corrompida”. O autor diz que poucas coisas corrompem a nossa virtude como a ganância, o desejo de ser popular e o sentimento que toma conta do nosso ser ao exercermos poder sobre pessoa eu nos oferecem a sua adoração idolatra. Quando nossos motivos são errados, nosso ministério é errado; e as conseqüências são trágicas para nós, para aqueles que nos seguem e para a igreja toda.

Quanto ao método, ao autor diz que devem ser corretos. Não há lugar para a “fraude” no ministério do evangelho. A fraude e a fé não andam de mãos dadas. Alguns métodos do ministério evangélico são indignos do evangelho. No relacionamento com as pessoas, Paulo era franco e honesto. Não tentava seduzi-las com o evangelho. Segundo o autor, a pregação do evangelho verdadeiro exalta a Deus e condena o pecador; não estimula o orgulho do pecador. Ele diz que agimos em conformidade com o que cremos e nosso comportamento e fé determinam o que viremos a ser. Se crermos na verdade, ela nos santificará e nos libertará. Se crermos em mentiras, aos poucos nos tornaremos uma mentira à medida que perdemos a integridade e começamos a praticar a duplicidade. Sobre censura, o autor chegou a conclusão que o tipo errado de pregadores, compelido por motivos errados, criou o tipo errado de cristãos mediante a pregação da mensagem errada. A igreja de hoje precisa de pregadores como Jeremias e João Batista. Segundo o autor, havia muita religião popular nos dias de Jeremias e João Batista, mas ela não alcançava o coração do povo. O profeta tinha de ser radical a atingir a raiz dos problemas. Foi por isso que João Batista clamou: “já está posto o machado à luz das árvores” (Mt 3:10); e foi por isso que Jeremias denunciou os falsos profetas que aplicavam bálsamo quando deveriam ter realizado a cirurgia (Jr 6:13-14). Se Jeremias e João Batista tivessem sido sacerdotes e não profetas, é possível que os líderes os tivessem aceitado; mas, sendo os seus ministérios proféticos, os lideres se lhes opuseram e depois os eliminaram. O autor diz que nossas igrejas precisam de pastores como Jeremias e João Batista, servos do Senhor que defendiam a verdade com coragem e não se deixaram intimidar pela multidão. Pregadores do tipo descrito por João Wesley: “Dê-me cem pregadores que nada temam a não ser o pecado e que nada desejem a não ser Deus, sejam eles clérigos ou leigos; eles, sozinhos, abalarão as portas do inferno e estabelecerão o Reino de Deus na terra”.

Sobre reconstrução o autor diz que a historia mostrar-nos que a crise pode produzir pelo menos três tipos diferentes de lideres, e a atual crise de integridade não é exceção. O primeiro a aparecer é o otimista que trata da situação de modo suave e superficial. Ocupa-se apenas das falhas aparente e logo convence o público de que as coisas não tão ruins, afinal de contas. “Não é que o problema seja tão sério”, afirma o líder, com um sorriso, “é que a imprensa está cobrindo melhor as noticias. Se dermos tempo ao tempo, tudo se resolverá e será logo esquecido”. O autor cita Maquiavel, em O Príncipe, que disse: “Os homens são tão simples e tão inclinados a obedecer às necessidades imediatas que um enganador jamais terá falta de vítimas para suas fraudes”.

O segundo tipo de líder é mais realista admite haver problemas sérios e promete tornar providências para resolver a situação. Se lhe derem cobertura financeira e autoridade, ele criará novas organizações, estabelecerá novos alvos, contratará novo pessoal e reforçará novos padrões. O autor diz que contratar nova tripulação e planejar nova rota não impede que o navio danificado vá a pique. O perigo é que os passageiros e a tripulação podem ficar tão entusiasmados com o novo sistema a bordo que se esqueçam de que o navio precisa ser salvo.

O terceiro tipo de líder, diz o autor, é o de que realmente precisamos. Descarta o tratamento cosmético por saber que é superficial, e a “providência rápida” por saber eu é temporária. Tem coragem para enfrentar os problemas com honestidade, sabedoria para entendê-los, força para realizar o que é preciso e fé para confiar em que Deus fará o restante. Não teme perder amigos nem fazer inimigos. Não se deixa intimidar por ameaças nem é comprado por subornos. É um homem de Deus e não está a venda. Neemias foi um líder desse tipo, um homem que nos mostra como reconstruir em época de opróbrio. O autor diz que precisamos de pregadores como Jeremias e João Batista, e lideres como Neemias. Mas precisamos de algo mais: intercessores como Moisés. Se não nos voltarmos para a oração, não há esperança de reavivamento na igreja.

Quanto ao alivio, o autor diz que mesmo que todos os pregadores fossem iguais a Jeremias e todos os lideres iguais a Neemias, não resolveríamos os problemas criados pela crise de integridade. Porque é preciso que haja intercessores apoiando os pregadores e lideres apegado a Deus e reivindicando as suas bênçãos sobre a igreja. Ele diz que uma das maiores necessidades da igreja é a oração intercessora. Precisamos de intercessores como Moisés. Deus afirma com clareza que não podemos realizar nada sem a oração, não importa quão bem-sucedido aparentemente sejamos. “gostemos ou não”, disse Spurgeon, “pedir é regra do reino”. O autor diz que precisamos de intercessores hoje porque nossos valores estão confusos. Achamos que somos ricos, sem necessidade de coisa alguma, mas na realidade somos “infeliz, miserável, pobre, cego e nu” (AP 3:17). Concordamos com Jesus em que é impossível servir a Deus e às riquezas no lugar de Deus e agradecemos a Deus o no-las ter dado! O autor cita João Wesley, que disse: “Tenho tanto que fazer que preciso passar várias horas em oração antes de ser capaz de fazê-lo”. Não é de admirar que ele tivesse transformado completamente a Inglaterra. Ele sabia interceder.

Sobre a realidade o autor diz que durante esta crise de integridade, o foco de atenção tem sido sobre moral, dinheiro e mensagem. Ele diz que precisamos entender o papel da televisão na crise de integridade, porque a televisão continua a exercer esse mesmo tipo de influencia na igreja hoje. Ele diz que existe dois fatos básicos sobre televisão o primeiro é que a televisão é um meio de entretenimento, portanto qualquer coisa que comunique se transforma em diversão. O segundo é que a televisão é uma indústria e todo comercio envolve dinheiro. Ele diz que o que aprendemos pela televisão aprendemos através dos olhos e não dos ouvidos. Essa diferença é importante, porque a ênfase bíblica é no ouvir e não no ver. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10:17). A televisão ajudou a criar uma sociedade de observadores, e não de ouvintes; pessoas fascinadas pelas imagens e não educadas pelas palavras. Ele também cita quatro pontos sobre a igreja eletrônica: A igreja eletrônica é um mau uso dos meios de comunicação, a igreja eletrônica é uma distorção da igreja, a igreja eletrônica é a publicidade que conduz a erro, e a igreja eletrônica é má evangelização. O autor diz que há uma área, em que a TV religiosa parece ser um sucesso: a manufatura de celebridades religiosas. Nenhum outro meio de comunicação oferece maiores oportunidades para os mercenários religiosos cujo interesse principal é algo mais do que ministrar.

Sobre riquezas o autor diz que orgulho, dinheiro e sexo são as armas principais que o inimigo usa para arruinar um ministério, e que com freqüência operam juntos. O líder religioso ganha prosperidade, adquire fama, torna-se orgulhoso, e então passa a ser a lei para si próprio e faz o que bem entender. O autor cita Foste que disse: “o dinheiro possui muitas das características da divindade. Dá segurança, pode induzir a sentimentos de culpa, dá liberdade, dá poder e parece onipresente. A característica mais sinistra de todas, entretanto, é ser ele uma oferta para a onipotência”. Diz o autor que o dinheiro é um servo maravilhoso, mas um patrão terrível, e somente uma devoção disciplinada para com Deus pode capacitar-nos a conservar as riquezas no seu devido lugar.

Quanto à recuperação o autor diz que sempre que algo falso tem êxito, em geral é porque algo verdadeiro falhou. Um casal feliz não precisa procurar emoções fora do casamento; estão mutuamente satisfeitos. Com freqüência tem-se dito que as heresias na igreja muitas vezes indicam uma falha dentro dela: perdemos o equilíbrio em algum ponto. Creio que isto se aplica a crise atual. Falta de autoridade espiritual nas igrejas ausência do senhorio de Jesus Cristo sobre os seus ministros e congregações. Diz o autor que o principal sintoma de erosão desta autoridade seja a obsessão das igrejas locais pela “independência”. As igrejas e os seus membros fazem o que lhes parece certo. O membro de igreja que não gosta do seu pastor simplesmente reúne um grupo de dissidentes e dá inicio a uma nova igreja ou invade outra e tenta assumir a direção. Nas igrejas do Novo Testamento a liderança tinha como base a consagração, o caráter e a conduta. Na igreja de hoje, a liderança é na maioria das vezes baseada em carisma pessoal: a pessoa “talentosa”, não a piedosa, consegue seguidores e estabelece para si um reino religioso.

Quanto ao reavivamento o autor diz que precisamos de reavivamento porque não temos honrado nem glorificado a Deus como ele merece. Quando Deus não é glorificado, tudo o mais vai mal. O reavivamento lida com as causas, não com os sintomas. O reavivamento é radical desce as raízes. Ele diz que o arrependimento incentiva a vinda do arrependimento. E isto significa sermos honestos a respeito dos pecados, tanto pessoais como organizacionais. Significa desprezarmos nossos pecados, confessá-los, abandoná-los, fazer as devidas reparações e tomar providencias a fim de que não os repitamos. Ele também diz que é preciso retornar voltar aos alvos elevados e santos e livremo-nos de tudo o que nos atrapalha, não importa o quanto isso possa custar. Sobre o regozijo ele diz que temo-nos regozijado por coisas erradas: finanças, edifícios, estatísticas, experiências emocionais, popularidade, aceitação, etc. Os nosso valores estão confusos, é por isso eu os movimentos religiosos dos últimos cinqüenta anos não tem gerado um reavivamento. Ele diz que estamos confortáveis nessa armadilha preparada por nós mesmos que na realidade não queremos sair dela! O interesse criado no mundo evangélico é enorme e um reavivamento podia trazer-nos prejuízo financeiro. Ele diz que temos uma tarefa árdua. Estamos construindo em dia de opróbrio. Com a graça de Deus, este dia pode tornar-se em reavivamento; e você e eu podemos ajudar para que essa mudança aconteça.

Comentário

O autor do livro A Crise de Integridade diz que a crise enfrentada pela igreja nos dias de hoje é semelhante a que Jeremias enfrentou nos dias anteriores ao cativeiro da Babilônia. Ele diz que o moderno “evangelho do êxito” ajusta-se bem a uma sociedade como a nossa que cultua a saúde, a riqueza e a felicidade.

Esse evangelho é uma mensagem barata destinada às pessoas que procuram uma “solução rápida” para as suas vidas, mas não mudança permanente de caráter. E diz mais que o “deus do êxito” é um menino de recados celestial cuja única responsabilidade é atender a todos os nossos pedidos e assegurar que estamos desfrutando a vida.

Eles têm um evangelho sem integridade, uma mensagem truncada, afastada do próprio Deus que dizem representar. Um evangelho parcial não é evangelho em absoluto, pois não pode haver boas-novas quando Deus é deixado de fora.

O autor aborda vários temas com mensagens que parece ter sido feita para os nossos dias. Ele conclui dizendo que precisamos de um avivamento, mas que para isso é necessário que haja arrependimento, retorno aos princípios fundamentais da Palavra de Deus e regozijo no Senhor para que possamos ser vivificados.

Antonio Sergipano
Enviado por Antonio Sergipano em 21/03/2018
Reeditado em 21/03/2018
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