It as It is*

A menina (ela passa despercebida na escola; pouquíssimos se dão conta de sua existência. Passa sozinha no intervalo. Ninguém liga pra ela. Fica num canto. Não tem amigos – nem dentro nem fora da escola) aproxima-se de um baú grande (ah, tá; cê não quer que eu mencione as dimensões do diacho do baú, né? Pra quê? Pra perder tempo se distraindo com essa narrativa um tanto clichê? Hein?). Que ela ganhou de sua tia avó, coisa de uns quinze anos atrás. Bem... Um desejo louco de abri-lo toma-a cada vez mais. Mas ela tenta adiar esse momento. Porque pressente as consequências disso. Podem ser terríveis! (Clicherama atacando solta...) Ah, o Sobrenatural baila... Flutu... Ops! Dança a passos ritmados, numa valsa tímida, embora um tanto explícita. Só não vê/sente quem não quer... (As vezes me pergunto se sou mesmo "APENAS" Autor ou um Escritor em fase larval... Cacete! Há vinte e sete anos escrevendo... Já deveria ter algo um tanto sólido, não?, e que desse conta de atestar minhas competências e habilidades redatoras... O difícil pra mim é conseguir um enredo um tanto sólido – por falar nisso, claro. Fugir da clicherama doente que... Bem, leitores experientes entendem do que eu estou falando, certo?

Mas voltemos à garota. Menina inteligente. E bonita. Que ama os animais, as plantas (DEEEEUUUUSSS! O diabo da clicherama a me sondar de novo! Tomando conta de minha escrita! As vozes... As vozes a sondar-me! A dizerem o que eu devo escrever!) e respeita as pessoas. Mas... É ateia! Deus! Ela é ateia! Ela não teme a Deus! (E agora?! Você NÃO irá me crucificar por esse meu rompante, certo, leitor?) Mas ela tira apenas notas boas na escola. Sua menor nota é 9,0. E em Matemática! (Ela só tira 10 no restante das disciplinas!). Pôxa... Vamos dar descontos a ela, não? Pôxa... Ela usa óculos (nossa! Nem vou falar mais nada!).

Hoje à noite ela não irá dormir, sabe? É. NÃO IRÁ DORMIR! NÃO! Porque... Porque ouviu uma voz no quarto. Que disse a ela para abrir o baú e... Descobrir que tudo levita lá dentro. E que ela irá levitar também. E que isso fará ela feliz também. E que fará novos amigos lá dentro. E que essa sequência polissindética tem lá sua elegância, seu charme, entende? E... E aí? Continuo ou não essa história tão... "original"?

Um beijo... Do Palhaço "Fofinho".

NOTA

* Tá legal. Procê que NÃO entendeu o diabo do título, eu o traduzo como "É como É". Claro que há outras possíveis (e, quiçá, melhores, sob diversos pontos de vista, dentre eles esse merece destaque: o do viés – HAHAHAH! Eu tinha que falar num caminho oblíquo... o tal do "Viés"; ou será que não posso falar no "Tao do Viés", ou seja, o "Caminho" do Caminho Oblíquo, Inclinado? – contextual. Ei-lo: "A Coisa como Ela é". Todavia, há controvérsias. Mas não versarei, não por ora, sobre elas. Deixemo-las a flutuar – como no filme).

P. S. Fui à estreia de "It – A Coisa", ontem, dia 07/09/2017. Achei o filme beeem clichezão. Muito. Atribuo a ele a nota 6,0 numa escala de 0 a 10. O que "salva" o filme são as personagens Beverly Marsh e o Gordinho que é apaixonado por ela. Gostei muito da interpretação do rapaz negro, filho e neto de açougueiros (AAARGH! Ninguém é perfeito, não?) No começo do filme o pobre garoto se nega a abater uma inocente ovelha. Aquilo pesou pra mim, que sou alguém entre o vegano e o vegetariano. Aquilo mexeu comigo, cacete! Bem... Pra quem curte um gore, uma carnificina desmedida... Tá de bom tamanho. Os fãs da sangria doentia irão amar. Se bem que a "grosa vermelha" ( = groselha, a bem do trocadilho) que simplesmente toma conta do banheiro, e pode bem ser uma associação ao medo da menstruação sentido por Beverly (o Tampax™ comprado na farmácia onde trabalha o "Tom Jobim" do filme pode estar atrelado a isso, sei lá), de alguma forma poderá decepecionar. Ou então eu sofro de algum tipo de "desvio cromático", em que enxergo em tons de magenta o que é, na verdade, vermelho. Isso, de algum modo, promove uma hemorragia... de pensamentos questionadores.

E que meus fiéis leitores compreendam que eu NÃO mais m'encontro preso àquela famosinha rede social de "livros de rostos". I like myself & I wanna live, diferentemente de Kurt Cobain. Então não esperem ler coisas minhas fora do Recanto das Letras, ok?

Quem quiser saber de meus textos, que me procurem por aqui.

Ah, sim. Continuo vendendo meus livros.

É só me contatar.

WV Fochetto Junior