O labirinto do fauno.
  
           Este filme é Espanhol/ Mexicano , uma obra prima ,  produção do excelente  Gillermo del Toro.
           Fala do fascismo, do autoritarismo que cega , a intolerância e a injustiça, valores que morrem , terminam e se afogam na própria irracionalidade, e fala sobretudo da imortalidade que existe na capacidade de sentir , em um grau altíssimo, iluminando caminhos que nem se podem imaginar.
            Esta fábula se passa na Espanha na após guerra civíl, entre os fascistas " azules" e as guerrilhas com o exército "rojo", que defendiam a liberdade. Se passa em 1944, quando o fascismo do General Franco já imperava, e o país estava destruído.
           Uma menina de treze anos , Ofélia, extremamente bondosa e sensível , recebe a visita de um a fauno, vindo de um labirinto existente na propriedade rural, e lhe dá três missões, e através disso conceder-lhe a imortalidade.
           A mãe de Ofélia está muito mal, esperando a chegada do seu irmãozinho, correndo risco de morte, e Ofélia pede ao fauno que a ajude, no que é atendida. Seu pai, um capitão "azul", perverso , retrato do fascismo, é o contraponto.
    
           A história é longa, é claro , não devo me extender contando o enredo, que é maravilhoso.
           A menina salva o irmãozinho mas é morta pelo seu pai dentro do labirinto, que não percebe que a filha só queria o bem , simbolizando a liberdade não compreendida, a que se torna imortal através da dor e do sacrifício.
           PS: A minha mãe também tinha treze anos no ano 44, e viveu essa guerra intensamente, e vendo o filme é impossível não me lembrar dela.
          
          
          

 
Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 31/08/2017
Reeditado em 31/08/2017
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