A Bruxinha Encantadora
e seu secreto admirador, Gregório
de Eva Furnari
No final de 1981, Eva Furnari cria um conjunto de “historinhas” sem textos para um suplemento infantil de um jornal, que foram publicadas depois em livro.
Estas narrativas são desenhadas em preto e branco, usando um traçado inteligente, mais insinuando do que revelando, não representam ideias, simplesmente apresentam o próprio objeto — sem camadas de conceitos e interpretações. Há sim, é uma conotação com o primitivismo do homem, reconduzindo-o à condição primária de não se expressando pela linguagem verbal, utilizar-se de símbolos gráficos, do desenho, da caricatura.
O que chama atenção nestes textos são as metáforas, as onomatopeias visualizadas, o dinamismo, a movimentação. Os quadrinhos sugerem a magia, a transformação, o “nonsense”, pelo caráter lúdico, mítico, fantástico, imaginativo que carregam diferentes possibilidades de sentidos.
A ilustração é a única linguagem presente em todas as páginas do livreto. Trata-se de uma narrativa visual cujo eixo principal se cruza com os secundários. Em cada fita, temos uma sucessão de fatos com sentido completo, uma sequência lógica, com encadeamento de causa e efeito que aguça a percepção, desenvolve a observação e o espírito crítico, enriquece o senso estético e a expressão criadora. Vale a pena o professor trabalhar esta forma de texto que diverte e ensina.
O humor nas historietas espanta por apresentar velhas coisas, sem preconceitos, às avessas, sem estereótipos, sem repetir o já sabido. Enfim, leva o pequeno leitor à reflexão, rever posições, ideias e gentes. Na tira abaixo, por exemplo, observamos a forma divertida como é explorada a função metalinguística, em que os elementos do conteúdo retornam ao código, isto é, linguagem e mensagem se cruzam: a bruxinha ergue a margem lateral do quadrinho para esconder atrás dela o lixo que varre.
Estas narrativas são desenhadas em preto e branco, usando um traçado inteligente, mais insinuando do que revelando, não representam ideias, simplesmente apresentam o próprio objeto — sem camadas de conceitos e interpretações. Há sim, é uma conotação com o primitivismo do homem, reconduzindo-o à condição primária de não se expressando pela linguagem verbal, utilizar-se de símbolos gráficos, do desenho, da caricatura.
O que chama atenção nestes textos são as metáforas, as onomatopeias visualizadas, o dinamismo, a movimentação. Os quadrinhos sugerem a magia, a transformação, o “nonsense”, pelo caráter lúdico, mítico, fantástico, imaginativo que carregam diferentes possibilidades de sentidos.
A ilustração é a única linguagem presente em todas as páginas do livreto. Trata-se de uma narrativa visual cujo eixo principal se cruza com os secundários. Em cada fita, temos uma sucessão de fatos com sentido completo, uma sequência lógica, com encadeamento de causa e efeito que aguça a percepção, desenvolve a observação e o espírito crítico, enriquece o senso estético e a expressão criadora. Vale a pena o professor trabalhar esta forma de texto que diverte e ensina.
O humor nas historietas espanta por apresentar velhas coisas, sem preconceitos, às avessas, sem estereótipos, sem repetir o já sabido. Enfim, leva o pequeno leitor à reflexão, rever posições, ideias e gentes. Na tira abaixo, por exemplo, observamos a forma divertida como é explorada a função metalinguística, em que os elementos do conteúdo retornam ao código, isto é, linguagem e mensagem se cruzam: a bruxinha ergue a margem lateral do quadrinho para esconder atrás dela o lixo que varre.