PEQUENOS E GRANDES HERÓIS DO DIA-A-DIA
O livro de J Estanislau Filho consegue, com palavras simples e claras, de uma forma cativante, reunir os pequenos e grandes heróis do dia-a-dia. É uma construção da vida heroica de gente comum como o verdureiro, o trocador, a mulher gorda, a vizinha. De gente como a gente, cada qual um herói, a cada dia, na luta pela sobrevivência, nossa e de seus semelhantes. Nem o cão sem dono, dizem, nosso melhor amigo, escapou. E também o dono do cão.
Ao mesmo tempo, o livro resgata esses pequenos heróis, que alçaram voo maior em busca de dias melhores e tornaram-se referência de resistência, perseverança e dignidade, como o saudoso metalúrgico e lutador de todas as horas, Seu Joaquim.
Mas não haveria conto melhor para fechar com chave de ouro as "Crônicas do Cotidiano Popular", se não "Um beco sem saída". Esta é a história do cidadão brasileiro comum, excluído, marginalizado e sem perspectivas dentro de um sistema perverso. Uma democracia que permite o direito da fala, mas nos surrupia o usufruto dos meios para mudar as coisas. Mostra dois mundos antagônicos, que se cruzam e cujos interesses acabam se completando diante da impossibilidade de se mudar, dentro das regras, as situações colocadas pela vida. Dois lados de uma mesma moeda. Um, legalmente constituído, outro marginalizado, símbolo de resistência ou de (sobre) vivência. Ambos cruéis.
São crônicas como estas que nos leva a refletir sobre nosso cotidiano e a história de cada um, heróis anônimos, construtores do mundo que quase não temos a oportunidade de usufruir.
Elian Guimarães de Oliveira
Jornalista
Ilustração: Maizena
Editoração eletrônica: Fernando Ferreira
Edição do autor - 2006 - esgotada.
A crônica "Um beco sem saída" pode ser lida em meu blog: www.jestanislaufilho.blogspot.com
O livro de J Estanislau Filho consegue, com palavras simples e claras, de uma forma cativante, reunir os pequenos e grandes heróis do dia-a-dia. É uma construção da vida heroica de gente comum como o verdureiro, o trocador, a mulher gorda, a vizinha. De gente como a gente, cada qual um herói, a cada dia, na luta pela sobrevivência, nossa e de seus semelhantes. Nem o cão sem dono, dizem, nosso melhor amigo, escapou. E também o dono do cão.
Ao mesmo tempo, o livro resgata esses pequenos heróis, que alçaram voo maior em busca de dias melhores e tornaram-se referência de resistência, perseverança e dignidade, como o saudoso metalúrgico e lutador de todas as horas, Seu Joaquim.
Mas não haveria conto melhor para fechar com chave de ouro as "Crônicas do Cotidiano Popular", se não "Um beco sem saída". Esta é a história do cidadão brasileiro comum, excluído, marginalizado e sem perspectivas dentro de um sistema perverso. Uma democracia que permite o direito da fala, mas nos surrupia o usufruto dos meios para mudar as coisas. Mostra dois mundos antagônicos, que se cruzam e cujos interesses acabam se completando diante da impossibilidade de se mudar, dentro das regras, as situações colocadas pela vida. Dois lados de uma mesma moeda. Um, legalmente constituído, outro marginalizado, símbolo de resistência ou de (sobre) vivência. Ambos cruéis.
São crônicas como estas que nos leva a refletir sobre nosso cotidiano e a história de cada um, heróis anônimos, construtores do mundo que quase não temos a oportunidade de usufruir.
Elian Guimarães de Oliveira
Jornalista
Ilustração: Maizena
Editoração eletrônica: Fernando Ferreira
Edição do autor - 2006 - esgotada.
A crônica "Um beco sem saída" pode ser lida em meu blog: www.jestanislaufilho.blogspot.com