AGOSTO 2015 - SEMINÁRIO MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS.

Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis (Livro #24)

https://www.youtube.com/watch?v=cbYjiH7-2jk

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Memórias póstumas de brás cubas.wmv

https://www.youtube.com/watch?v=ve8OU9-8eaA

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Questão de concurso e vestibular:

http://www2.espm.br/sites/default/files/pagina/prova_-_2011-2.pdf

"Movimento artístico que floresceu na Europa, no intervalo

das duas grandes guerras mundiais (1919-1939). O

termo deriva da tentativa de, através da arte, unir o mundo

da fantasia e do sonho ao dia a dia, ou seja, criar uma realidade

absoluta. O movimento expressou-se na pintura,

através de manifestações do inconsciente ou de representa-

ção consciente das fantasias. Imagens pintadas realisticamente

são então removidas de seus contextos normais e colocadas

em estruturas paradoxais e chocantes.

(Antonio Carlos do Amaral Azevedo. Dicionário de Nomes,

Termos e Conceitos Históricos)

O Carnaval de Arlequim

O Nascimento do Mundo

(Coleção Folha: Grandes Mestres da Pintura)

Assinale a alternativa que traga, respectivamente, o movimento

artístico cujas características são tratadas no texto e

o nome do autor das duas obras apresentadas:

Surrealismo – Joan Miró;

Surrealismo – Picasso;

Dadaísmo – Kandinsky;

Dadaísmo – Hans Arp;

Abstracionismo – Jackson Pollock.

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FONTE DOS FRAGMENTOS DO TEXTO ABAIXO: Candido, Antonio.

Leitura possível: Esquema de Machado de Assis 1968 em Crítica radical

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&ved=0CCcQFjACahUKEwjZ4ryT5NvGAhXGHJAKHZRhAz4&url=http%3A%2F%2Fpaginapessoal.utfpr.edu.br%2Fmhlima%2FEsquema_Machado_de_Assis.pdf%2Fat_download%2Ffile&ei=L5ylVZmPDMa5wASUw43wAw&usg=AFQjCNGRf6at3uymcu2HsaQAe7WtKfKghQ&sig2=wNd2FW5g3YYX7ZZSHnZufA

http://biblioteca.cefyl.net/node/5144

"Este escrito deveria chamar-se “Esquema de um certo Machado de Assis”, porque descreve sobretudo o escritor subterrâneo (que Augusto Meyer localizou melhor do que ninguém), visto em diversos planos e referido a tendências posteriores da literatura."

"O melhor que posso fazer é aconselhar a cada um que esqueça o que eu disse, compendiando os críticos, e abra diretamente os livros de Machado de Assis. (1968)"

"Pessoalmente, o que mais me atrai nos seus livros é um outro tema, diferente destes: a transformação do homem em objeto do homem, que é uma das maldições ligadas à falta de liberdade verdadeira, econômica e espiritual. Este tema é um dos demônios familiares da sua obra, desde as formas atenuadas do simples egoísmo até os extremos do sadismo e da pilhagem monetária. A ele se liga a famosa teoria do Humanitismo, elaborada por um dos seus personagens, o filósofo Joaquim Borba dos Santos, doido e por isso mesmo machadeanamente lúcido, figurante secundário em dois romances, um dos quais traz o seu apelido: Memórias póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba. Os críticos, sobretudo Barreto Filho, que melhor estudou o caso, interpretam o Humanitismo como sátira ao positivismo e em geral ao naturalismo filosófico do século XIX, principalmente sob o aspecto da teoria darwiniana da luta pela vida com sobrevivência do mais apto. Mas além disso é notória uma conotação mais ampla, que transcende a sátira e vê o homem como um ser devorador em cuja dinâmica a sobrevivência do mais forte é um episódio e um caso particular. Essa devoração geral e surda tende a transformar o homem em instrumento do homem, e sob este aspecto a obra de Machado de Assis se articula, muito mais do que poderia parecer à primeira vista, com os conceitos de alienação e decorrente reificação da personalidade, dominantes no pensamento e na crítica marxista de nossos dias e já ilustrados pela obra dos grandes realistas, homens tão diferentes dele quanto Balzac e Zola. No romance Quincas Borba, um modesto professor primário, Rubião, herda do filósofo Quincas Borba uma fortuna, com a condição de cuidar de seu cachorro, ao qual dera o próprio nome. Mas com o dinheiro, que é uma espécie de ouro maldito, como na lenda dos Nibelungen, Rubião herda igualmente a loucura do amigo. A sua fortuna se dissolve em ostentação e no sustento de parasitas; mas serve sobretudo como capital para as especulações comerciais de um arrivista hábil, Cristiano Palha, por cuja mulher, “a bela Sofia”, Rubião se apaixona. O amor e a loucura surgem aqui, romanticamente, de mãos dadas; mas o tertuis gaudens é a ambição econômica, baixo-contínuo do romance, de que Rubião se torna instrumento. No fim, pobre e louco, ele morre abandonado; mas em compensação, como queria a filosofia do Humanitismo, Palha e Sofia estão ricos e considerados, dentro da mais perfeita normalidade social. Os fracos e os puros foram sutilmente manipulados como coisas e em seguida são postos de lado pelo próprio mecanismo da narrativa, que os cospe de certo modo e se concentra nos triunfadores, acabando por deixar no leitor uma dúvida sarcástica e cheia de subentendidos: o nome do livro designa o filósofo ou o cachorro, o homem ou o animal, que condicionaram ambos o destino de Rubião? Este começa como simples homem, chega na sua loucura

a julgar-se imperador e acaba como pobre bicho, fustigado pela fome e a chuva, no mesmo nível que seu cachorro."

"As antologias não deixavam de escolher na sua obra coisas como o “Apólogo” engenhoso e no fundo banal sobre a agulha e a linha, ou o episódio do almocreve nas Memórias póstumas de Brás Cubas, que, extraído do conjunto, mostra de maneira apenas aparentemente profunda a força do interesse."

"... era preciso ler Machado, não com os olhos, não com argúcia acadêmica, mas com o senso desproporcionado e mesmo anormal; daquilo que parece raro em nós à luz da psicologia de superfície, e no entanto compõe as camadas profundas de que brota o comportamento de cada um. Nessa nova maneira de ler avulta sem dúvida Augusto Meyer, que, inspirado na obra de Dostoiévski e na de Pirandello, foi além da visão humorística e “filosofante”, mostrando que na sua

obra havia muito do “homem subterrâneo”, do primeiro, e do ser múltiplo, impalpável, do segundo. Ele e Lúcia Miguel Pereira chamaram a atenção para fenômenos de ambiguidade que pululam na sua ficção, obrigando a uma leitura mais exigente, graças à qual a normalidade e o senso das conveniências constituem apenas o disfarce de um universo mais complicado e por vezes turvo."

Flaubert sistematizava a teoria do “romance que narra a si próprio”, aparecendo o narrador atrás da objetivamente da narrativa; num momento em que Zola preconizava o inventário maciço da realidade, observada nos menores detalhes, ele cultivou livremente o elíptico, o incompleto o fragmentário, intervindo na narrativa com bisbilhotice saborosa, lembrando ao que atrás dela estava a voz convencional. Era uma forma de manter, na segunda metade do século XIX, o tom caprichoso de Stern, que ele prezava; de efetuar os seus saltos temporais e brincar com o leitor. Era também um eco do “conte philosophique”, à maneira de Voltaire, e era sobretudo o seu modo próprio de deixar as coisas meio no ar, inclusive criando certas perplexidades não resolvidas."

Como Kafka ou Gide, ao contrário de Dostoiévski, Proust ou Faulkner, os tormentos do homem e as iniquidades do mundo aparecem nele sob um aspecto nu e sem retórica, agravados pela imparcialidade estilística referida acima."

Outro problema que surge com frequência na obra de Machado de Assis é o da relação entre o fato real e o fato imaginado, que será um dos eixos do grande romance de Marcel Proust, e que ambos analisam principalmente com relação ao ciúme. A mesma reversibilidade entre a razão e a loucura, que torna impossível demarcar fronteiras e, portanto, defini-las de modo satisfatório, existe entre o que aconteceu e o que pensamos que aconteceu. Um dos seus romances, Dom Casmurro, conta a história de Bento Santiago, que, depois da morte de seu maior e mais fiel amigo Escobar, se convence de que ele fora amante de sua mulher, Capitu, o personagem feminino mais famoso do romancista."

Os atos e os sentimentos estão cercados por um halo de absurdo, de gratuidade, que tornam difíceis não apenas as avaliações morais, mas as interpretações psicológicas. Alguns decênios mais tarde, Freud mostraria a importância fundamental do lapso e dos comportamentos considerados ocasionais. Eles ocorrem com frequência na obra de Machado de Assis, revelando ao leitor atento o senso profundo das contradições da alma."

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Boas leituras, pesquisas, resumos, sínteses.

Procure ligar as leituras entre os capítulos afins em temática, como: Virgília, Cubas, Humanitismo, Marcela, negros do Brasil ou escravidão, costumes da burguesia carioca, linguagem do século XIX (=19), educação, infância, adolescência, juventude, etc.

João Bosco.

CUIDADO COM O PLÁGIO QUE É CRIME.

FAÇA SEMPRE A CITAÇÃO CORRETA entre aspas, com a FONTE DE SUA PESQUISA.

LEIA ATENTAMENTE A ORIENTAÇÃO A SEGUIR:

Plágio é crime! Por isso, preste muita atenção aos direitos autorais!

Sempre que citar um texto, imagem, música ou outro conteúdo, indique a fonte de onde foi retirado, mesmo que seja uma citação indireta.

Evite fazer cópias de textos, imagens ou outros arquivos da internet sem a autorização do autor.

Lembre-se: ao copiar um conteúdo, você está cometendo um crime e deixando de aprender.

Aproveite ao máximo os conteúdos apresentados,

visando a sua formação da melhor maneira possível!

FONTE: http://efp-ava.cursos.educacao.sp.gov.br/Frame/Component/CoursePlayer?enrollmentid=1103080

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ATENÇÃO:

CADA GRUPO DA CLASSE OU TURMA OU GRUPOS DEVEM SEGUIR ESTES PASSOS CONFORME A ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR.

LEIA ATENTAMENTE, ANTES DE RESPONDER.

CADA ATIVIDADE, TEM SEU VALOR E TEMPO PARA O SUCESSO DO SEMINÁRIO SOBRE O LIVRO DE MACHADO DE ASSIS.

FAÇA SUAS ANOTAÇÕES À PARTE, PERGUNTE AO SEU PROFESSOR E ESCLAREÇA SUAS DÚVIDAS.

DEPOIS, ESCREVA SUA SÍNTESE OU COMENTÁRIO EM CADA QUESTÃO OU REALIZE A ATIVIDADE PROPOSTA COMO PESQUISA, TRABALHO ESCRITO, APRESENTAÇÃO ORAL PESSOAL OU GRUPAL NO DIA DO SEMINÁRIO EM SALA DE AULA.

CADA GRUPO, FICA LIVRE PARA APRESENTAR CARTAZ, RESUMO, QUESTIONAMENTO À TURMA SOBRE UM PARTICULAR DA OBRA OU DO AUTOR, OU RÁPIDA EXPOSIÇÃO ORAL OU ESQUEMA DO TEMA OU PERGUNTA, OBSERVAÇÕES SOBRE OS CAPÍTULOS (AS CONVERGÊNCIAS OU DIVERGÊNCIAS POR CAPÍTULOS OU BLOCO DE PERGUNTAS QUE O PROFESSOR APRESENTOU AQUI.)

1º). ATIVIDADE EM GRUPO - OBRIGATÓRIA

DISTRIBUIÇÃO DE CAPÍTULOS DO LIVRO MP BRÁS CUBAS POR GRUPOS:

CADA GRUPO TERÁ 20 CAPÍTULOS PARA RESUMIR OU ESCOLHER O QUE ACHAR MAIS IMPORTANTE: TEMA, ARGUMENTOS, FIGURAS, RELAÇÃO ENTRE ESSES CAPÍTULOS, PERSONAGENS, FOCO NARRATIVO, TEMPO E ESPAÇO DA NARRATIVA, LINGUAGEM DO NARRADOR, CONFLITO DE CADA CAPÍTULO OU COMENTÁRIO DE SUA TEMÁTICA.

SÃO 8 GRUPOS DE 5 PESSOAS.

OS CAPÍTULOS SÃO 160.

Memórias Póstumas de Brás Cubas: Resumo por Capítulo

Paráfrase da obra de Machado de Assis, por Bruno Cardoso

http://resumoporcapitulo.com.br/memorias-postumas-de-bras-cubas/

Prólogo – Ao leitor - para todos os grupos - veja os autores citados por Machado de Assis: pesquise sobre eles.

1º grupo:

Capítulo 1 – Óbito do autor

Capítulo 2 – O emplasto

Capítulo 3 – Genealogia

Capítulo 4 – A ideia fixa

Capítulo 5 – Em que aparece a orelha de uma senhora

Capítulo 6 – Chimène, qui l’eût dit? Rodrigue, qui l’eût cru?

Capítulo 7 – O delírio

"...montado no lombo de um hipopótamo que avisou que ele fariam uma viagem á origem dos séculos."

O que representa o hipopótamo e sua viagem no tempo?

Capítulo 8 – Razão contra Sandice

Capítulo 9 – Transição

Capítulo 10 – Naquele dia

Capítulo 11 – O menino é pai do homem

Capítulo 12 – Um episódio de 1814

Capítulo 13 – Um salto

Capítulo 14 – O primeiro beijo

Capítulo 15 – Marcela

Capítulo 16 – Uma reflexão imoral

Capítulo 17 – Do trapézio e outras coisas

Capítulo 18 – Visão do corredor

Capítulo 19 – A bordo

Capítulo 20 – Bacharelo-me

2º grupo:

Capítulo 21 – O almocreve

Capítulo 22 – Volta ao Rio

Capítulo 23 – Triste, mas curto

Capítulo 24 – Curto, mas alegre

Capítulo 25 – Na Tijuca

Capítulo 26 – O autor hesita

Capítulo 27 – Virgília?

Capítulo 28 – Contanto que…

Capítulo 29 – A visita

Capítulo 30 – A flor da moita

Capítulo 31 – A borboleta preta

Capítulo 32 – Coxa de nascença

Capítulo 33 – Bem-aventurados os que não descem

Capítulo 34 – A uma alma sensível

Capítulo 35 – O caminho de Damasco

Capítulo 36 – A propósito de botas

Capítulo 37 – Enfim!

Capítulo 38 – A quarta edição

Capítulo 39 – O vizinho

Capítulo 40 – Na sege

3º grupo

Capítulo 41 – A alucinação

Capítulo 42 – Que escapou a Aristóteles

"Três bolas... que se impulsionam... Os extremos sociais do realismo. Marcela (sedutora/luxuosa/ depois uma velhice precoce: a magra, feia, decrépita: cap. 158), Sabina, Virgília... os contrastes como modos de vida da minha afeição interior..."

Capítulo 43 – Marquesa, porque eu serei marquês

Capítulo 44 – Um Cubas

Capítulo 45 – Notas

Capítulo 46 – A herança

Capítulo 47 – O recluso

Capítulo 48 – Um primo de Vigília

Capítulo 49 – A ponta do nariz

Capítulo 50 – Virgília casada

Capítulo 51 – É minha!

Capítulo 52 – O embrulho misterioso

Capítulo 53 – . . . . . . .

Capítulo 54 – A pêndula

Capítulo 55 – O velho diálogo de Adão e Eva

Capítulo 56 – O momento oportuno

Capítulo 57 – Destino

Capítulo 58 – Confidência

"A vida é crise de melancolia..." Política é como teatro de cenário, vida, movimento e graça na representação..."

Capítulo 59 – Um encontro

Capítulo 60 – O abraço

"Borba furtara o relógio no abraço."

4º grupo:

Capítulo 61 – Um projeto

Capítulo 62 – O travesseiro

Capítulo 63 – Fujamos!

Capítulo 64 – A transação

Capítulo 65 – Olheiros e escutas

Capítulo 66 – As pernas

Capítulo 67 – A casinha

Capítulo 68 – O vergalho

Veja a questão da subalternidade e o patriarcalismo, também a escravidão como origem do racismo brasileiro.

Machado é acusado de não se interessar pela escravidão. Será verdade?

Capítulo 69 – Um grão de sandice

Capítulo 70 – Dona Plácida

"...ri dos cinco contos - eu, que era abastado (...) levei-os ao BB. Não foi ingrato; achados em Botafogo..."

Capítulo 71 – O senão do livro

Capítulo 72 – O bibliômano

Capítulo 73 – O luncheon

"meu estilo é dos ébrios: reato e desreato a narração..."

Capítulo 74 – História de Dona Plácida

Capítulo 75 – Comigo

Movimento de simpatia é o eufemismo de quê?

Capítulo 76 – O estrume

A metáfora do livro evoca uma relação da mortalidade - vermes - com o poeta Augusto dos Anjos. Como é possível essa intertextualidade?

Capítulo 77 – Entrevista

Capítulo 78 – A presidência

Capítulo 79 – Compromisso

Capítulo 80 – De secretário

5º grupo:

Capítulo 81 – A reconciliação

Capítulo 82 – Questão de botânica

"hipocondríacos: a vida jé doce..."

Capítulo 83 – 13

Capítulo 84 – O conflito

Capítulo 85 – O cimo da montanha

Capítulo 86 – O mistério

Capítulo 87 – Geologia

Capítulo 88 – O enfermo

Capítulo 89 – In extremis

Capítulo 90 – O velho colóquio de Adão e Caim

Capítulo 91 – Uma carta extraordinária

Capítulo 92 – Um homem extraordinário

Capítulo 93 – O jantar

Capítulo 94 – A causa secreta

Capítulo 95 – Flores de antanho

Capítulo 96 – A carta anônima

Capítulo 97 – Entre a boca e a testa

Capítulo 98 – Suprimido

Capítulo 99 – Na plateia

Que mitos aparecem aqui?

meu estilo é dos ébrios: reato e desreato a narração..."

Capítulo 100 – O caso provável

6º grupo:

Capítulo 101 – A revolução dálmata

Capítulo 102 – De repouso

Capítulo 103 – Distração

Capítulo 104 – Era ele!

Capítulo 105 – Equivalência das janelas

Capítulo 106 – Jogo perigoso

Capítulo 107 – Bilhete

Capítulo 108 – Que se não entende

Capítulo 109 – O filósofo

Capítulo 110 – 31

Capítulo 111 – O muro

Capítulo 112 – A opinião

Como o narrador compara a opinião (gente medíocre) e o que o anonimato acrescenta ao anti-herói machadiano?

Capítulo 113 – A solda

Capítulo 114 – Fim de um diálogo

Capítulo 115 – O almoço

"Seria romântico, mas não biográfico."

Capítulo 116 – Filosofia das folhas velhas

Capítulo 117 – O Humanitismo

"A dor é pura ilusão..." A inveja é uma virtude? (sofisma)

O pensamento aqui pertence a que tendência filosófica ou que filósofos Machado pôde ter lido?

Capítulo 118 – A terceira força

Capítulo 119 – Parêntesis

Capítulo 120 – Compelle intrare

7º grupo:

Capítulo 121 – Morro abaixo

Capítulo 122 – Uma intenção mui fina

Capítulo 123 – O verdadeiro Cotrim

Capítulo 124 – Vá de intermédio

Capítulo 125 – Epitáfio

Capítulo 126 – Desconsolação

Capítulo 127 – Formalidade

Capítulo 128 – Na Câmara

Capítulo 129 – Sem remorsos

Capítulo 130 – Para intercalar no capítulo 129

Capítulo 131 – De uma calúnia

Capítulo 132 – Que não é sério

Capítulo 133 – O princípio de Helvetius

Capítulo 134 – Cinquenta anos

Capítulo 135 – Oblivion

Capítulo 136 – Inutilidade

"Leitor, pude este capítulo..." De quem Machado aprendeu isso?

Capítulo 137 – A barretina

Capítulo 138 – A um crítico

Capítulo 139 – De como não fui Ministro d’Estado

Capítulo 140 – Que explica o anterior

8º grupo:

Capítulo 141 – Os cães

"A vida sem luta é mar morto."

"O homem tem consciência de sua fome e os cães não! Para Pascal, o homem é um caniço agitado." Por que Cubas diz ser uma errata pensante."

Os cães são símbolo dos cínicos na Grécia!

Capítulo 142 – O pedido secreto

Capítulo 143 – Não vou

Capítulo 144 – Utilidade relativa

Capítulo 145 – Simples repetição

Capítulo 146 – O programa

Capítulo 147 – O desatino

Capítulo 148 – O problema insolúvel

Capítulo 149 – Teoria do benefício

Capítulo 150 – Rotação e translação

Capítulo 151 – Filosofia dos epitáfios

Capítulo 152 – A moeda de Vespasiano

Capítulo 153 – O alienista

Capítulo 154 – Os navios do Pireu

Capítulo 155 – Reflexão cordial

Capítulo 156 – Orgulho da servilidade

Capítulo 157 – Fase brilhante

Capítulo 158 – Dois encontros

Capítulo 159 – A semidemência

Capítulo 160 – Das negativas

2º). PESQUISA - SOBRE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS:

FAVOR ESTRUTURAR SEU TRABALHO DE PESQUISAS CONFORME A DISPOSIÇÃO APRESENTADA EM SLIDES EM:

http://www.fmc.br/documentos_aulas/estrutura_trab_academico.pdf

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https://www.youtube.com/watch?v=2ni08kKvUJc

Resumo - Memórias Póstumas De Brás Cubas (Realismo)

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https://www.youtube.com/watch?v=FLxm-I6OmMs

Memorias Postumas de Bras Cubas parte 1

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ESTRUTURA DO PROJETO

Segundo a NBR 15287/2011 a apresentação do Projeto de Pesquisa deverá ser realizada levando-se em conta a seguinte estrutura:

Os Elementos Textuais¹ constituem-se de:

¹Além das normas da ABNT, utilizou-se Marconi e Lakatos (1991); Gil (2000); Stein (2008).

A estrutura de um trabalho acadêmico compreende: Elementos

Pré-Textuais, Elementos Textuais e Elementos Pós-Textuais.

Sumário - EXPLICAÇÃO DE SUMÁRIO:

Refere-se à enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede. Não deve ser confundido com índice (+ MINIVOCABULÁRIO DO TRABALHO NO FINAL).

Elementos Textuais

O corpo do trabalho é constituído de três partes fundamentais:

Introdução

Parte inicial do texto, na qual devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho.

Recomenda-se que seja redigida no final, quando o autor já adquiriu maior domínio sobre o tema e maior clareza dos objetivos.

Desenvolvimento

Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método.

Conclusão

Parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. Tem por finalidade recapitular sinteticamente os resultados da pesquisa elaborada.

O autor manifestará seu ponto de vista sobre os resultados obtidos, bem como o seu alcance, sugerindo novas abordagens a serem consideradas em trabalhos semelhantes.

Elementos Pós-Textuais

Os itens que compõem a parte final do trabalho são:

Referências,

Apêndices

e Anexos.

Referências

Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de documentos, de forma a permitir sua identificação individual, indicar todos os trabalhos citados no texto, inclusive os eletrônicos.

Uma referência bibliográfica deve conter autor, título, edição, local da

publicação, editora e data, nesta ordem apresentada:

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

A pontuação apresentada na formulação da referência é padronizada. Dessa forma, temos: após o sobrenome do autor a vírgula, sendo o nome completo do autor separado do título por ponto final; o título é separado dos dados seguintes por ponto final; a cidade é separada da editora por dois pontos; após a editora, segue-se vírgula para o ano da publicação e o término com ponto final.

As referências são alinhadas somente à margem esquerda, em espaço

simples e separadas entre si por espaço duplo.

Apêndice(s)

O apêndice é um documento autônomo elaborado pelo próprio autor para completar sua argumentação, sem prejuízo da unidade do trabalho. São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Quando esgotadas as 23 letras do alfabeto elas serão dobradas.

Anexo(s)

O anexo é um documento não elaborado pelo autor, que serve de

fundamentação, comprovação ou ilustração. São identificados através de letras maiúsculas consecutivas e respectivos títulos.

Citações bibliográficas (conforme NBR 10520)

Citação direta: transcrição do texto da maneira que consta no original

consultado. As citações diretas com menos de 3 (três) linhas devem ser inseridas no próprio texto, entre aspas duplas, citações com mais de 3 (três) linhas devem apresentar recuo de 4 cm da margem esquerda e com fonte menor.

Exemplo:

A teleconferência permite ao indivíduo participar de um encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem.

Tipos

comuns de teleconferência incluem o uso da televisão [...]. (NICHOLIS,

1993, p.181).

A citação de referências utilizadas diretamente (transcrição literal) ou indireta (redação livre) devem vir sempre acompanhada da referência bibliográfica.

Exemplos:

“Para acompanhar o desenvolvimento do seu curso, o aluno deve preparar e rever aulas.” (SEVERINO, 2002. p.32).

Severino (2002) afirma que: “Para acompanhar o desenvolvimento do seu curso, o aluno deve preparar e rever aulas” (p.32).

Obter um rendimento satisfatório deve ser o objetivo de todo estudante, segundo Severino (2002), “para acompanhar o desenvolvimento do seu curso, o aluno deve preparar e rever aulas”. (p.32)

Citação indireta: quando o texto escrito é baseado na ideia do autor

consultado.

Exemplo:

...é importante valorizar a produção intelectual de cada indivíduo, a regra é geral, leu, gostou, usou, citou, afirma Blattmann (2003, p.63).

Uma referência bibliográfica deve conter autor, título, edição, local da

publicação, editora e data, nesta ordem apresentada.

A pontuação apresentada na formulação da referência é padronizada. Dessa forma, temos: após o sobrenome do autor a vírgula, sendo o nome completo do autor separado do título por ponto final; o título é separado dos dados seguintes por ponto final; a cidade é separada da editora por dois pontos; após a editora, segue-se vírgula para o ano da publicação e o término com ponto final.

Exemplo:

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

As referências são alinhadas somente à margem esquerda, em espaço

simples e separadas entre si por espaço duplo.

É bom lembrar que este material foi elaborado para ajudá-lo. Porém, se você ficou com dúvidas, procure ajuda junto aos professores e a GAE (Gerência de Apoio ao Ensino). A chave para a construção do seu conhecimento é sua!

Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023:

informação e documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002:

24 p.

E LEITURA SOCIOLÓGICA DE "MACHADO DE ASSIS, UM MESTRE NA PERIFERIA DO CAPITALISMO", DE JÚLIA MAUÉS

(Um estudo de MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, segundo a crítica de Roberto Schwarz)

VER A ENTREVISTA NO YOUTUBE:

https://www.youtube.com/watch?v=m5y1Tc5sKN8

Mestres da literatura: 'Machado de Assis -- Um mestre na periferia do capitalismo'

Ideias e Livros | Filosofia, Literatura &c.

Uploaded on Nov 10, 2011

Entrevista com Roberto Schwarz no programa "Obra Aberta" sobre Machado de Assis, exibido pela TV Cultura e Arte, em 2002.

http://criticadialetica.blogspot.com/

VER A OPOSIÇÃO DE SÍLVIO ROMERO: MACHADO FAZ PLÁGIO...

3º) SEMINÁRIO. RESPONDER AS QUESTÕES:

1. QUEM FOI MACHADO DE ASSIS?

Mulato e vítima de preconceito, perdeu na infância sua mãe e foi criado pela madrasta. Superou todas as dificuldades da época e tornou-se um grande escritor.

Na infância, estudou numa escola pública durante o primário e aprendeu francês e latim. Trabalhou como aprendiz de tipógrafo, foi revisor e funcionário público."

“Machado é um escritor em quem o aspecto fortemente retórico do estilo, longe de lesar,

reforça a energia mimética da linguagem, o seu poder de imitar, de fingir (ficção) efetivamente a

variedade concreta da vida.” José Guilherme Merquior, De Anchieta a Euclides, Rio de Janeiro, José

Olympio, 1977, p. 174.

https://www.youtube.com/watch?v=m5y1Tc5sKN8

2. QUAIS SÃO AS DUAS FACES DO SEU ROMANCE? ROMÂNTICO E REALISTA.

"Podemos dividir as obras de Machado de Assis em duas fases: Na primeira fase (fase romântica) os personagens de suas obras possuem características românticas, sendo o amor e os relacionamentos amorosos os principais temas de seus livros."

Veja em http://www.suapesquisa.com/machadodeassis/

QUAIS FORAM SUAS OBRAS ROMÂNTICAS E REALISTAS?

OBRAS ROMÂNTICAS:

Ressurreição - 1872

A mão e a luva - 1874

Helena - 1876

Iaiá Garcia - 1878

OBRAS ROMÂNTICAS E REALISTAS:

Na Segunda Fase ( fase realista ), Machado de Assis abre espaços para as questões psicológicas dos personagens. É a fase em que o autor retrata muito bem as características do realismo literário. Machado de Assis faz uma análise profunda e realista do ser humano, destacando suas vontades, necessidades, defeitos e qualidades.

Memórias Póstumas de Brás Cubas - 1881

Quincas Borba - 1891

Dom Casmurro - 1899

Esaú e Jacó - 1904

Memorial de Aires - 1908

3. POR QUE O TÍTULO MPBC?

O espevitamento desta abertura, em que o impossível está dito em primeira pessoa, é

grande. Parece claro que a situação de “defunto autor”, diferente de “autor defunto”, sendo uma

agudeza intencionalmente barata, aqui não desmancha a verossimilhança realista, embora a

desrespeite. Antes a confirma, pois sem ela não seria originalidade nem teria graça. Menos que

afirmar outro mundo, Brás quer destratar o nosso, que é dele também, isto para infligir-nos a sua

impertinência. Humor “infame” e metódico, da família dos absurdos de sala, cansativo à

primeira vista, mas ainda assim um achado capita..."

https://joaocamillopenna.files.wordpress.com/2014/04/schwarz-um-mestre-na-periferia-do-capitalismo.pdf

4. POR QUE PÓSTUMAS E O ANTI-HERÓI DEFUNTO AUTOR?

Anti-herói é o termo que designa o personagem caracterizado por atitudes referentes ao contexto do conto contemporâneo, mas que não possuem vocação heróica ou que realizam a justiça por motivos egoístas, pessoais, vingança, por vaidade ou por quaisquer gêneros que não sejam altruístas, ou seja, é o antônimo da ideia que se tem de herói. A maioria dos anti-heróis da ficção são mais populares que os heróis."

https://pt.wikipedia.org/wiki/Anti-her%C3%B3i

5. QUAL FOI SUA MAIOR CARACTERÍSTICA COMO REALISTA?

No século XIX, os anti-heróis aparecem em Machado, Eça de Queirós, Dostoiévski, Flaubert (Madame Bovary), Balzac, etc.

Eles são seres humanos comuns, até medíocres, cheios de imperfeições, os personagem da multidão, do cotidiano, já encontradas em Baudelaire, Fausto, Pirandello, Victor Hugo...

O anti-herói tem evoluído ao longo do tempo, mudando como as concepções da sociedade sobre o herói mudaram, desde os Período Elisabetano de Fausto, de Goethe e Falstaff, de Shakespeare, para o mais sombrios temas da literatura vitoriana do século XIX

Um anti-herói difere de um herói trágico por este ainda ser essencialmente heroico, mas com uma grande falha trágica, um anti-herói, enquanto as falhas são mais visíveis do que as suas qualidades heroicas. Anti - Herói pode também ser definido como herói atrapalhado."

Há mais de um tipo de anti-herói. Além dos que buscam satisfazer seus próprios interesses, há também os que sofrem desapontamentos em suas vidas, mas persistem até alcançar o ato heroico."

https://pt.wikipedia.org/wiki/Anti-her%C3%B3i

AQUI ESCREVA SOBRE SUA ANÁLISE PSICOLÓGICA DAS PERSONAGENS (RECURSO DAS FIGURAS DE LINGUAGEM: PARADOXO E IRONIA).

"Ao usar a metalinguagem, o autor interage com o leitor dialogando diretamente com ele, assim convida-o a refletir sobre a estrutura da obra e a perceber dois níveis de leitura: a que revela diretamente o personagem e a que o faz objeto de crítica do autor.

* Ironia e Crítica – são marcas da obra madura de Machado de Assis, trata-se de um recurso que o autor utiliza para fazer o leitor desconfiar das declarações, dos pensamentos e das conclusões do narrador Brás Cubas, bem como um instrumento de critica aos valores adotados pelos homens (como a Opinião, a Formalidade, etc).

* Humanitismo – filosofia desenvolvida por Quincas Borba (que vai tornando-se louco progressivamente) a qual prega que tudo o que acontece na vida faz parte de um quadro maior de preservação da essência Humana. No contexto do romance, o Humanitismo convém a Brás para justificar sua existência vazia, e a Quincas da’ uma ilusão de descoberta do sentido da vida.

Segundo críticos, o Humanitismo é ” uma caricatura que Machado de Assis faz do Positivismo e do Evolucionismo, teorias científicas e filosóficas em voga na época, que atribuem sentido de evolução mesmo `as fatalidades da vida.

* Ha’ uma certa dose de Determinismo (as origens e meio em que as pessoas vivem as propulsionam a certos destinos), como exemplo temos o caso de Dona Placida, fruto de uma relação vulgar e que vive sempre `a miséria."

6. QUAIS EPISÓDIOS SÃO ENUMERADOS POR CUBAS?

ESCREVA SOBRE:

- COMIGO - CAPÍTULO DE BRÁS CUBAS SOBRE DONA PLÁCIDA

- HIPOPÓTAMO - O DESFILE DE MIL SÉCULOS (HIPÉRBOLE)

"Assim é que Gondin da Fonseca (1899-1977: foi jornalista, escritor e crítico literário) vê a obra de Machado de Assis. Uma projeção do seu inconsciente, formatado na sua criação, no seu relacionamento com os arquétipos paternos, maternos e outras pessoas significativas em sua vida, bem como na educação religiosa e filosófica que teve, no meio social no qual se criou. Isso tudo ele reflete em seus personagens, desde o pessimismo nihilista de seus personagens, especialmente Bentinho, Bráz Cubas e Quincas Borba na sua famosa trilogia Dom Casmurro, Memórias Póstumas e Quincas Borba, que são projeções do mesmo personagem, segundo análise do autor. Também transparece na condescendência que ele sempre parece ter com a infidelidade conjugal das suas heroínas, um sentimento de vingança contra a forma patriarcal em que a sociedade em que viveu sempre tratou as mulheres, arquétipo que refletia o que seu inconsciente sentia em relação à sua própria mãe. Reflete também um espírito aprisionado entre uma educação religiosamente ortodoxa e as tendências filosóficas do meio em que é educado, meio esse influenciado pelo positivismo de Augusto Conte e pelo darwirnismo trazido para as relações sociais pelas análises de Marx, que o leva a adotar a postura cínica e distante em relação ás pessoas e acontecimentos da sua época, frieza essa que sempre foi criticada pelos seus adversários, que viam nela um completo descomprometimento de Machado com alguma coisa que não fosse ele mesmo."

http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/3215812

- HUMANITISMO DE QUINCAS BORBA -

- ÚLTIMA FRASE DE SUA OBRA: "A NINGUÉM LEGUEI MINHA MISÉRIA..."

- PROJETO POLÍTICO DO PAI DELE.

O pai, que amava por demais o filho desde a meninice nunca repreendeu seus atos traquinas (chamava-o de brejeiro e dava-lhe beijos, e tinha sonhos de o filho ser alguém ilustre o manda estudar Direito em Portugal. Em Lisboa, ele vive muitas aventuras, forma-se e so’ retorna ao Rio de Janeiro quando recebe uma carta dizendo que sua mãe esta mal e quer vê-lo.

- MARCELA

- EUGÊNIA: ironia está no contraste entre o nome dela e o seu defeito de nascença: coxa.

Neste ínterim, Brás Cubas vai visitar Dona Eusébia (que em outro tempo fora flagrada, pelo menino Cubas, beijando um senhor casado, Doutor Vilaça, numa Moita) e encontra-se com sua filha Eugenia, chamada por ele maliciosamente como a Flor da Moita, ha’ um certo flerte entre os moços, mas este finda-se quando Cubas descobre que ela é coxa. Veja a reflexão do narrador no capítulo 33 (Bem-aventurados os que não descem):

O pior é que era coxa. Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril; e coxa! Esse contraste faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio. Por que bonita, se coxa? por que coxa, se bonita? Tal era a pergunta que eu vinha fazendo a mim mesmo ao voltar para casa,de noite, e não atinava com a solução do enigma

- VIRGÍLIA

Apos a morte da mãe, Cubas é instruído pelo pai a se casar e ingressar no ramo da política, a noiva indicada era Virgília, bela filha de Dutra um homem influente na época. Da-se um pequeno namoro, mas surge a figura de Lobo Neves que acaba arrebatando-lhe a noiva e consegue cargos administrativos, ele prometia fazer Virgília Baronesa/Marquesa (aqui o autor mostra que a mulher fora movida e atraída por interesses sociais), ambos se casam e Cubas, que ainda não a amava deveras, sente apenas despeito e vaidade ferida ao perder a namorada.

- DESEDUCAÇÃO DE CUBAS: CAPRICHOS E MAGELAS SOCIAIS DOS BURGUESES: ”: “ Dessa terra e desse estrume é que nasceu esta flor”.

DESCRIÇÃO DAS PERSONAGENS EM

http://www.abcdamedicina.com.br/memorias-postumas-de-bras-cubas-machado-de-assis-resumo-analise-da-obra.html

"- montava num negrinho (o Prudencio) e fazia dele seu cavalo, chegou a quebrar a cabeça de uma escrava por que esta não lhe deu doce, entre tantos outros feitos principalmente narrados no Capítulo 11 (O Menino é o Pai do Homem).

Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo”; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso.

"Viveu diversas aventuras na adolescência, como seu namoro com a espanhola Marcela – mulher que adorava receber joias e outros presentes, tinha vários admiradores e que no final da obra teve um final trágico (primeiro ficou desfigurada por causa de um surto de Bexiga, e depois morreu magra e decrepita na maior miséria). "

7. POR QUE NÃO SEGUE A ORDEM LINEAR DA NARRATIVA DESTA OBRA?

O fato mesmo de ter iniciado a narratologia pelo fim da vida: o defundo-autor tem o capricho e a inquietação de revelar-se nos fatos retrospectivos da vida e ziguezagueia a seu modo a possibilidade de dar sentido à vida como um desenho diferente cuja moldura é insólita e volátil à medida que a vida flui em desencantos e interesses que escondem o egoísmo e a hipocrisia da sociedade carioca industrial ou empresarial do fim de século (século 19)

8. POR QUE ASSUME O PESSIMISMO RADICAL ?

O Romance é finalizado por uma sequencia de desatinos na vida de Cubas, que não foi ministro, não alcançou o sucesso na politica, nem no emplasto contra Hipocondria, nem se casou (Sequencia mostrada no ultimo capítulo – Das Negativas). Percebe-se assim como sua vida fora vazia e despropositada, mas que pelo menos não passou a diante o legado da miséria humana:

a) QUE VALORES E CRÍTICAS FEZ CONTRA A BURGUESIA DE SEU TEMPO?

"Ao contemplar tanta calamidade, não pude reter um grito de angústia, que Natureza ou Pandora escutou sem protestar nem rir; e não sei por que lei de transtorno cerebral, fui eu que me pus a rir, – de um riso descompassado e idiota.- Tens razão, disse eu, a coisa é divertida e vale a pena, – talvez monótona – mas vale a pena.Quando Jó amaldiçoava o dia em que fora concebido, é porque lhe davam ganas de ver cá de cima o espetáculo. Vamos lá, Pandora, abre o ventre, e digere-me; a coisa é divertida, mas digere-me.A resposta foi compelir-me fortemente a olhar para baixo, e a ver os séculos que continuavam a passar, velozes e turbulentos, as gerações que se superpunham às gerações, umas tristes, como os Hebreus do cativeiro, outras alegres, como os devassos de Cômodo, e todas elas pontuais na sepultura."

b) Que significa a expressão que termina o livro: "Não tive filhos, não transmitiu a nenhuma criatura o legado de nossa miséria."

9. QUE INFLUÊNCIA TEVE DAS OUTRAS LEITURAS SOBRE O MACHADO LEITOR?

http://www.abcdamedicina.com.br/memorias-postumas-de-bras-cubas-machado-de-assis-resumo-analise-da-obra.html

"O autor abandona o romantismo, investe na complexidade dos indivíduos que são retratados sem nenhuma idealização (Machado mergulha na alma humana, desvendando seus vícios, virtudes e defeitos). A lógica narrativa do romance é determinada não pela cronologia dos fatos, mas pelo encadeamento de reflexões do personagem.

Outra inovação foi a dedicatória do livro:

AO VERME QUE PRIMEIRO ROEU AS FRIAS CARNES DO MEU CADÁVER DEDICO COMO SAUDOSA LEMBRANÇA ESTAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS

"* Intertextualidade – Machado de Assis faz inúmeras referencias em sua Obra, como a Shakespeare, Virgílio, Voltaire e tantos outros. São citações a pensamentos, filosofias e romances escritos. Vê-se aqui uma das tantas influências que o autor sofreu da literatura de Almeida Garrett, especialmente comparada a obra Viagens na Minha Terra, pois ambos desenvolvem diálogo com o leitor, intertextualidade, metalinguagem, digressões, ironia e críticas."

"* Digressões e Metalinguagem – através das digressões (ou seja interrupções do fluxo narrativo por devaneios, reflexões, relatos da memória, etc) o defunto autor fornece informações para conhecer a visão de mundo de um homem que passou a vida sem realização nenhuma, apenas ao sabor de seus desejos."

10. O QUE PODEMOS ENCONTRAR NO GUIA DO ESTUDANTE SOBRE MEMÓRIAS PÓSTUMAS?

Memórias Póstumas de Brás Cubas

http://guiadoestudante.abril.com.br/literatura/materia_416007.shtml

Ao criar um narrador que resolve contar sua vida depois de morto, Machado de Assis muda radicalmente o panorama da literatura brasileira, além de expor de forma irônica os privilégios da elite da época

Publicado em 1881, o livro aborda as experiências de um filho abastado da elite brasileira do século XIX, Brás Cubas. Começa pela sua morte, descreve a cena do enterro, dos delírios antes de morrer, até retornar a sua infância, quando a narrativa segue de forma mais ou menos linear – interrompida apenas por comentários digressivos do narrador.

NARRADOR

A narração é feita em primeira pessoa e postumamente, ou seja, o narrador se autointitula um defunto-autor – um morto que resolveu escrever suas memórias. Assim, temos toda uma vida contada por alguém que não pertence mais ao mundo terrestre. Com esse procedimento, o narrador consegue ficar além de nosso julgamento terreno e, desse modo, pode contar as memórias da forma como melhor lhe convém.

FOCO NARRATIVO

Com a narração em primeira pessoa, a história é contada partindo de um relato do narrador-observador e protagonista, que conduz o leitor tendo em vista sua visão de mundo, seus sentimentos e o que pensa da vida. Dessa maneira, as memórias de Brás Cubas nos permitirão ter acesso aos bastidores da sociedade carioca do século XIX.

TEMPO

A obra é apoiada em dois tempos. Um é o tempo psicológico, do autor além-túmulo, que, desse modo, pode contar sua vida de maneira arbitrária, com digressões e manipulando os fatos à revelia, sem seguir uma ordem temporal linear. A morte, por exemplo, é contada antes do nascimento e dos fatos da vida.

No tempo cronológico, os acontecimentos obedecem a uma ordem lógica: infância, adolescência, ida para Coimbra, volta ao Brasil e morte. A estranheza da obra começa pelo título, que sugere as memórias narradas por um defunto. O próprio narrador, no início do livro, ressalta sua condição: trata-se de um defunto-autor, e não de um autor defunto. Isso consiste em afirmar seus méritos não como os de um grande escritor que morreu, mas de um morto que é capaz de escrever.

O pacto de verossimilhança sofre um choque aqui, pois os leitores da época, acostumados com a linearidade das obras (início, meio e fim), veem-se obrigados a situar-se nessa incomum situação.

ENREDO

A infância de Brás Cubas, como a de todo membro da sociedade patriarcal brasileira da época, é marcada por privilégios e caprichos patrocinados pelos pais. O garoto tinha como “brinquedo” de estimação o negrinho Prudêncio, que lhe servia de montaria e para maus-tratos em geral. Na escola, Brás era amigo de traquinagem de Quincas Borbas, que aparecerá no futuro defendendo o humanitismo, misto da teoria darwinista com o borbismo: “Aos vencedores, as batatas”, ou seja: só os mais fortes e aptos devem sobreviver.

Na juventude do protagonista, as benesses ficam por conta dos gastos com uma cortesã, ou prostituta de luxo, chamada Marcela, a quem Brás dedica a célebre frase: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis”. Essa é uma das marcas do estilo machadiano, a maneira como o autor trabalha as figuras de linguagem. Marcela é prostituta de luxo, mas na obra não há, em nenhum momento, a caracterização nesses termos. Machado utiliza a ironia e o eufemismo para que o leitor capte o significado. Brás Cubas não diz, por exemplo, que Marcela só estava interessada nos caros presentes que ele lhe dava. Ao contrário, afirma categoricamente que ela o amou, mas fica claro que, naquela relação, amor e interesse financeiro estão intimamente ligados.

Apaixonado por Marcela, Brás Cubas gasta enormes recursos da família com festas, presentes e toda sorte de frivolidades. Seu pai, para dar um basta à situação, toma a resolução mais comum para as classes ricas da época: manda o filho para a Europa estudar leis e garantir o título de bacharel em Coimbra.

Brás Cubas, no entanto, segue contrariado para a universidade. Marcela não vai, como combinara, despedir-se dele, e a viagem começa triste e lúgubre.

Em Coimbra, a vida não se altera muito. Com o diploma nas mãos e total inaptidão para o trabalho, Brás Cubas retorna ao Brasil e segue sua existência parasitária, gozando dos privilégios dos bem-nascidos do país.

Em certo momento da narrativa, Brás Cubas tem seu segundo e mais duradouro amor. Enamora-se de Virgília, parente de um ministro da corte, aconselhado pelo pai, que via no casamento com ela um futuro político. No entanto, ela acaba se casando com Lobo Neves, que arrebata do protagonista não apenas a noiva como também a candidatura a deputado que o pai preparava.

A família dos Cubas, apesar de rica, não tinha tradição, pois construíra a fortuna com a fabricação de cubas, tachos, à maneira burguesa. Isso não era louvável no mundo das aparências sociais. Assim, a entrada na política era vista como maneira de ascensão social, uma espécie de título de nobreza que ainda faltava a eles.

NÃO-REALIZAÇÕES

O romance não apresenta grandes feitos, não há um acontecimento significativo que se realize por completo. A obra termina, nas palavras do narrador, com um capítulo só de negativas. Brás Cubas não se casa; não consegue concluir o emplasto, medicamento que imaginara criar para conquistar a glória na sociedade; acaba se tornando deputado, mas seu desempenho é medíocre; e não tem filhos.

A força da obra está justamente nessas não-realizações, nesses detalhes. Os leitores ficam sempre à espera do desenlace que a narrativa parece prometer. Ao fim, o que permanece é o vazio da existência do protagonista. É preciso ficar atento para a maneira como os fatos são narrados. Tudo está mediado pela posição de classe do narrador, por sua ideologia. Assim, esse romance poderia ser conceituado como a história dos caprichos da elite brasileira do século XIX e seus desdobramentos, contexto do qual Brás Cubas é, metonimicamente, um representante.

O que está em jogo é se esses caprichos vão ou não ser realizados. Alguns exemplos: a hesitação ao começar a obra pelo fim ou pelo começo; comparar suas memórias às sagradas escrituras; desqualificar o leitor: dar-lhe um piparote, chamá-lo de ébrio; e o próprio fato de escrever após a morte. Se Brás Cubas teve uma vida repleta de caprichos, em virtude de sua posição de classe, é natural que, ao escrever suas memórias, o livro se componha desse mesmo jeito.

O mais importante não é a realização ou não dessas veleidades, mas o direito de tê-las, que está reservado apenas a uns poucos da sociedade da época. Veja-se o exemplo de Dona Plácida e do negro Prudêncio. Ambos são personagens secundários e trabalham para os grandes. A primeira nasceu para uma vida de sofrimentos: “Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os olhos na costura, comer mal, ou não comer, andar de um lado pro outro, na faina, adoecendo e sarando…”, descreve Brás. Além da vida de trabalhos e doenças e sem nenhum sabor, Dona Plácida serve ainda de álibi para que Brás e Virgília possam concretizar o amor adúltero numa casa alugada para isso.

Com Prudêncio, vê-se como a estrutura social se incorpora ao indivíduo. Ele fora escravo de Brás na infância e sofrera os espancamentos do senhor. Um dia, Brás Cubas o encontra, depois de alforriado, e o vê batendo num negro fugitivo. Depois de breve espanto, Brás pede para que pare com aquilo, no que é prontamente atendido por Prudêncio. O ex-escravo tinha passado a ser dono de escravo e, nessa condição, tratava outro ser humano como um animal. Sua única referência de como lidar com a situação era essa, afinal era o modo como ele próprio havia sido tratado anteriormente. Prudêncio não hesita, porém, em atender ao pedido do ex-dono, com o qual não tinha mais nenhum tipo de dívida nem obrigação a cumprir.

CONCLUSÃO

Machado alia nesse romance profundidade e sutileza, expondo muitos problemas de nossa sociedade que existem até hoje. Daí o prazer da leitura e a importância de seu texto, pois atualiza, de forma irônica, os processos em que nosso país foi formado, suas contradições e os desmandos que ainda estão presentes.

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BOM TRABALHO!

BOAS LEITURAS

BOM SEMINÁRIO

FAVOR ENTREGAR O TRABALHO ESCRITO na outra terças-feira após o DIA DO SEMINÁRIO DO LIVRO.

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J B Pereira e https://www.youtube.com/watch?v=m5y1Tc5sKN8
Enviado por J B Pereira em 03/07/2015
Reeditado em 01/08/2015
Código do texto: T5298390
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