DEUS, O TEMPO
O tempo
tem
bastado para
eu compreender
tantas falhas,
excessos de desordens
internalizadas
ao meu
bel desprazer.
Detenho
a procura incessante
dos ímpetos
deixados
na estrada
de um passado
não tão distante,
referente
aos
meus pecados.
Deixo-me
pedir perdão
ao Deus
cuja a História
rememora
minha intensa
carga
roteirizada pelo calor
a consumir
certas memórias.
Ontem
percebi demais
o custoso dever
de olhar
para não permitir,
nem compreender
para redescobrir,
tamanhas
emoções assaz.
Queria
aprender algo
além dos olhos,
ir profundo
nas entrelinhas
do meu mundo,
de infâmia criado,
em desgosto
com o tédio
em mim
ampliado.
As saídas
não serão
bem vindas,
nem tão pouco,
repartidas
para outro alguém,
como Eu,
adentrar
nos lisérgicos
devaneios
da sina
corrompida.
E o que
de mim partir
será obra do destino,
sem anseios
nem rodeios
que alterem
o ritmo
tão perfeito
da natureza,
obra prima,
que por nossa
inquietante ação
desmantela
o esperar,
parte
da sua irremediável
pureza.
A quem sou,
basta
mergulhar inteira
e figurativamente
nas predileções
imperfeitas
do meu anseio
desejado,
num encontro
desajeitado,
entre o Eu
que ontem reconheci
vívido novamente
e hoje renasceu
um novo ser
lapidado pelo tempo.