ALDRAVIAS EM VIAS DE CONCEPÇÃO

louco
pensando
subexistindo
sintetizando
saberes
sabores


sabor
saltando
janelas
odor
salivando
donzelas


vida
clandestina
lutando
contra
ditatura
transvestida


sigo
singrando
mares
camas
palcos
altares


gatos
abocanham
carnes
eu
abocanho
charmes


escura
noite
causando
medo
açoites
segredos



mais
um
mata-se
muito
em
mutum

trabalhando
ganhando
salário
salgando
pão
diário

sol
demolindo
prazeres
obrigando
certos
afazeres




meu
olho
atormenta
pimenta
no
molho

leitor
lendo
poesias
saciando
suas
fantasias


solitário
mirando
lua
miragem
mulher
nua



poemas
em
cacos
nos
fatos
cotidianos


teu
corpo
doce
pena
sou
diabético

liberdade
linha
horizontal
canso
nunca
alcanço




sopro
divino
vejo
num
genuíno
beijo


cidade
assassina
assando
sonhos
em
esquinas

todo
poeta
merece
respeito
enquanto
fenece




detalhes
retalhos
segredos
escorrendo
entre
dedos


calma
perdida
alma
vendida
vida
penhorada

sincero
sigo
itinerante
entre
mentiras
galopantes





uma
vida
vale
ainda
cedo
cale


tristes
dias
incertas
ventanias
constante
letargia



coração
revolto
ideais
revistos
rascunhando
revoluções



manhã
meio-dia
tarde
Eu
Quieto
Covarde



ensinaram-me
pescar
esse
perdi
Pecar
aprendi





corpo
bem
cuidado
cuca
bem
esquecida

faceira
menina
Seduzindo-me
flácida
rima
iludindo-se


castelo
de
cartas
princesa
embaralhando-me
todo


cupido
mirou-me
errou
sigo
sem
amor
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 18/08/2015
Reeditado em 18/08/2015
Código do texto: T5350224
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