SEM SONO!
SEM SONO!
São quarto da madrugada
Já ouço o galo cantar
Ainda me não deitei
Estou p`ráqui a pensar
Sentada nesta cadeira
Versejando me lembrei
Isto, é das maiores asgeneiras
Que eu já mais esquecerei!
Porque não tenho sono eu?
Há! Já sei não tomei meu compremido
Que faço agora meu deus!
Ouço então meu marido
Hó! Mulher vem a deitar-te
Daqui a nada nasce o sol1
Olha que o sono se não repar-te
Depois andas a passo de caracol
Ó mulher não penses tanto
Que dás cabo da cabeça
Mesmo que de isto não padeças
Eu contigo me espanto!
Ainda não te deitas-te
E tens que ir a trabalhar
Deixa lá a tua arte
E vem mas é já a deitar-te
Eu, já não o podia ouvir
Com a sua lenga, lenga
Acabei por desistir
Terminando esta moenga!
Luísa zacarias