ALDRAVIAS A XIA - 73: via-férrea
Xia, que ainda doente continua com siso e prudência, teve notícia da desgraça ocorrida pertinho de Compostela: 78 mortos, quase 100 feridos, deles uns 30 em perigo de morte. 218, parece, eram os passageiros no comboio Madrid-Segóvia-Medina-Samora-Póvoa de Seabra-Ourense-Santiago de Compostela-Crunha-Ferrol... Mas o comboio não chegou a Compostela: três quilómetros e a tragédia foi.
Por que?
Os chefes da "cousa" deitam, babosos e madrilenos, todas as culpas no maquinista, galego e empregado. O maquinista, que ainda não está judiciariamente acusado, nega-se a declarar perante a polícia. As caixas-pretas ainda não foram abertas. O comboio é e não é TAV, mas acaso TVA. As vias novas vão, nessa zona, paralelas das vias velhas, porque havia de poupar dinheiros (que talvez não fossem poupados para a gente, mas destinados às não-gentes desgovernantes, que depois da tragédia acudiram a Compostela para se fotogafar com rostos "boinhos", como de bois humanos inocentes).
Três ministros de três governos diversos tiveram parte na execução (e que execução!) desse caminho de ferro: direita (pEpE), centro-direita (pEsoE) e mais direita (pEpE).
Todos esses governos-desgovernos procuram, sob pretexto de lograr a "unidad de la patria", exterminar da Galiza e nos galegos o português galego sem também se cuidar de que as pessoas conheçam bem o castelhano, "lengua nacional del reino de espaÑa".
Dessas desgraças é ignorante Xia, a gatinha nossa dos olhos azuis:
Ela Dorme, Deitada
hoje não despreocupada
comiscou sei descontraída
e se dorme
agora feliz. e
dorme. Deitada... ronrona...