ALDRAVIAS A XIA - 61: Modugno
Xia resiste, calma, carinhosa ao seu jeito, como sempre.
Deveria provocar-me a refletir sobre as lutas dos povos contra os seus estados, contra o estado-se-estado que é dito "mercados", mas...
E topei-me com o Domenico Modugno e algumas das suas canções: "Nel blu... Volare", "Ciao, ciao, bambina", "L'uomo in frack"... E, incônscio, senti que podia, alguma, fascinar a Xia, se a Xia entendesse italiano...
Xia já não é "bambina", vai velha, a probrinha; também não é "gatto", mas "gatta"... Quem sabe se o Domenico do frack indistinguiu, na noite, se aquele felino era macho ou fêmea...
E' giunta mezzanotte E chegada a meia-noite
si spengono i rumori apagam-se os rumores
si spegne anche l'insegna apaga-se também o letreiro
di quel'ultimo caffè de aquele último café
le strade son deserte as suas são desertas
deserte e silenzione, desertas e silenciosas
un'ultima carrozza uma última carruagem
cigolando se ne và. rangendo vai embora.
Il fiume scorre lento O rio decorre lento
frusciando sotto i ponti esfregando sob as pontes
la luna splende in cielo a lua luze no céu
dorme tutta la città dorme toda a cidade
solo và un'uomo in frack. só vai um homem "in frack"
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buona notte bonne nuit
buona notte bonne nuit
Buona notte Boa noite
va dicendo ad ogni cosa vai dizendo a cada cousa
ai fanali illuminati aos faróis iluminados
ad un gatto innamorato a um gato namorado
che randagio se ne va. que ocioso vai-se embora.
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Xia,
porém,
dorme
ao
sol
brilhante...
(Hoje
luze
o
sol
entre
tremores...)
Xia
resiste
no
silêncio
do
carinho...