TREZE EXERCÍCIOS DE ALDRAVIA e uma explicação do gênero

1.

Obra

aberta

no

leitor

se

completa.

2.

Escuridão

da

noite

brilhou

em

mim.

3.

Versos

perfumosos,

saudosas

lembranças

de

jasmim.

4.

Aldravia,

chave

mestra.

Metonímia

abrindo

poesia.

5.

Solidão

de

estrelas

vagueia

na

imensidão.

6.

Pouco

sei

das

infinitudes

de

mim.

7.

Lágrimas

de

luz:

estrelas

choram

solidão.

8.

traumas

tramas

dramas

segredos

enredos

teus

9.

Olvides

ofensas.

Rancores?

Melhor

não

guardar.

10.

Perdoar

é

esquecer

com

o

coração.

11.

mosaicos

esparsos

pedaços

quebrados

de

mim.

12.

Petrifica-

me

o

silêncio

das

montanhas.

13.

nova

via,

nova

veia

poética:

aldravia.

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NOVA VIA, NOVA VEIA POÉTICA: ALDRAVIA

By José de Castro.

O gênero ALDRAVIA surgiu em novembro do ano de 2000, em Mariana, Minas Gerais, com o lançamento do JORNAL ALDRAVA CULTURAL, concebido pelos escritores mineiros Andreia Donadon Leal, Gabriel Bicalho, J.B. Donadon-Leal e J.S.Ferreira.

Segue-se alguns excertos do que afirma J.B. Donadon-Leal:

“Trata-se de um poema sintético, capaz de inverter ideias correntes de que a poesia está num beco sem saída. Essa nova forma demonstra uma via de saída para a poesia – ALDRAVIA. O poema é constituído numa linométria de até 06 (seis) palavras-verso. Esse limite de 06 palavras se dá de forma aleatória, porém preocupada com a produção de um poema que condense significação com um mínimo de palavras, conforme o espírito poundiano de poesia, sem que isso signifique extremo esforço para sua elaboração.”

“O primeiro legado dos aldravistas foi a ideia de organização do mundo artístico, seja para produzi-lo, seja para compreendê-lo, a partir do conceito de metonímia: porções constitutivas das coisas podem representá-las, muito bem, no mundo das significações. A poesia metonímica busca demonstrar que a poeticidade pode estar na simplicidade. A leitura da poesia não pode ser uma tortura em busca de significações. Sentidos têm que saltar da forma poética com a facilidade com que se captam os significados na fala cotidiana. Tortura não combina com poesia. A única dor tolerável na poesia é a do prazer.”

(J.B. Donadon-Leal)

http://www.jornalaldrava.com.br/pag_aldravias.htm

Abaixo, aldravias de seus criadores:

1.

aldravias

buscam

continentes

em

longinquas

porções

(Andreia Donadon Leal)

2.

aldravia

meu

verso

universo

em

poesia

(Gabriel Bicalho )

3.

morangos

passeiam

sob

blusa

de

algodão.

(J.B. Donadon-Leal)

4.

trovões

riscam

céu:

chuva

de

palavrões

(J.S.Ferreira)

José de Castro
Enviado por José de Castro em 15/06/2012
Reeditado em 15/06/2012
Código do texto: T3726580
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