Pobre de mim, vejo-me morto
Com pobre é assim, jogue ele. Não de qualquer jeito mas, a partir de si, que dá no mesmo. O pobre que sai de si não é o outro e, apesar do outro pensar no tal pobre, dessas categorias, nasce o vulnerável. Até aí tudo bem, quer dizer, dependendo do lado pobre que você jogue, muitos cientistas surgirão, comparações e momentos criados emergirão em sua frente, além de lugares, tolices modernas, futilidades científicas e analogias substituirão a coisa vivida. Coisa vivida é coisa vivida, não é coisa ouvida, interpretada, embelezada, ajustada. Por outro lado, muitos lucram com narrativas das coisas vividas, falam como crianças em busca de doces.
Desde quando nos ajoelhamos por doces, quer dizer, se aceitamos leite, vinho e muitas outras coisas por narrativas, quem nós somos? Será que modificamos o modo de comer em troca de palavras? Tão longe de obter respostas, num exemplo prático, nossa morte vale um doce.