Dia a dia

E como de costume

Estava cansada de mim e da minha loucura

É ruim demais ser má consigo

Em um dia típico, eu mal sairá da minha cama interna , permanecia ali , olhando para mim e perguntando me se valia a pena chorar

Mas o que , chorar mais e lavar a alma que estava pesada demais , intensa demais

Estou cansada de intensidade , do céu e da falta de mim no meu eu

Será que vou virar bolor ?

Em vão?

Agora e aqui?

Tão cedo mas se foi tão tarde ?

Mas que Mas o que Mas pra quê?

Ainda estou a aprender os porquês e como usalos , eu escrevo para me salvar de mim e não para parecer , eu sou , ou realmente vômito meu âmago amargo ou me encolho em solavancos de reclamações

Aqui estava eu , como todos os outros dias

Sentada olhando para as nuvens e pensando em como voltar para casa

Mudando a rota , pois todos os caminhos eu já conheço, estou cansada e não é de casa

Mas de mim e da minha falta de razão e de tudo que me pertence

A liberdade é uma prisão, com prazeres mas não deixa de ser uma jaula.

Karoline Lins
Enviado por Karoline Lins em 29/05/2024
Código do texto: T8073763
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