Dia a dia
E como de costume
Estava cansada de mim e da minha loucura
É ruim demais ser má consigo
Em um dia típico, eu mal sairá da minha cama interna , permanecia ali , olhando para mim e perguntando me se valia a pena chorar
Mas o que , chorar mais e lavar a alma que estava pesada demais , intensa demais
Estou cansada de intensidade , do céu e da falta de mim no meu eu
Será que vou virar bolor ?
Em vão?
Agora e aqui?
Tão cedo mas se foi tão tarde ?
Mas que Mas o que Mas pra quê?
Ainda estou a aprender os porquês e como usalos , eu escrevo para me salvar de mim e não para parecer , eu sou , ou realmente vômito meu âmago amargo ou me encolho em solavancos de reclamações
Aqui estava eu , como todos os outros dias
Sentada olhando para as nuvens e pensando em como voltar para casa
Mudando a rota , pois todos os caminhos eu já conheço, estou cansada e não é de casa
Mas de mim e da minha falta de razão e de tudo que me pertence
A liberdade é uma prisão, com prazeres mas não deixa de ser uma jaula.