A fala pertence a quem ouve, não a quem a emite.
Quando a sua audiência tem a inteligência limitada e por hábito a recalcitrância em determinados temas, considerando apenas o que lhe convém ou lhe apraz, recomenda-se cuidado! Qualquer menção ou declínio, ainda que sobre os mais singelos temas, ou sobre determinada persona, soará como ofensa secular, dramática e interpessoal. Some-se a isso se houver, no entorno do “debate”, por parte do exegeta, um humor sofisticado, desses que o tempo entre a audição e o entendimento, podem causar no receptor a paranoia da interpretação literal. Experimentamos, nesses tempos, íngremes fracassos; intelectual, moral e conceitual. Censurar o debate, propor o fantástico, o incrível, o improvavel, o irritadiço, a negação, com o desespero da retórica pela retorica, tem sido a saída mais usual e contínua, inclusive no ambiente corporativo. Válido para os limitados, válido para os pseudo-intelectuais!
R-B.J155,Sant'anna,JG,PE. 250224-2:45hs