Amor é retardo, ou retardo é amor?
Se pudéssemos definir o amor, nada haveria de mais concreto, que a demência. Para se amar, deve sobretudo, uma centelha de loucura. E, a loucura, jazida em todo espírito desalmado, converte-se em morbidez — contingência da demência. Morbidez tal qual performada pelo amor, devora-o pelo fogo lascivo, pelas promessas e por prazer passageiro. Portanto, há de se confirmar que o amor é o retardo.