Marina Klein Grande Jumes
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Menina sapeca que se diverte ao brincar
Amável mulher que a todos encanta sem tocar.
Reinaria plenamente se noutra época,
Inimaginável aos homens de hoje,
Navegasse pelos mares em naus da realeza.
Afinal, você é musa e eu escravo da sua beleza.
Klein... Fale-me da origem desse encantamento?
Legado de reis mortos, com resquícios no presente?
Eis que eu, pobre vivente, encontrei uma deusa!
Ingrato mundo: ela mora distante e não a posso ter.
Não me entrego, pois a amarei como posso, sem sofrer.
Grandes mamilos, potencialmente sedutores...
Rasgar-me-ia a própria alma se os visse!
Amar-te-ia em carne, com a força do meu corpo.
Navegando feito felino sobre você, pelo dorso.
Desdenhe de mim... Entenda-me como gaiato!
Espero, apenas, uma gentileza: um toque, no ato.
Jamais me senti assim tão burilado, todo excitamento.
Uma vez, desde o Big Bang, isso acontece, sabia?
Mulher poderosa! Como e de onde vem tanta força?
Espero que da sua alma, do seu corpo, de você toda!
Sejamos plenos, mesmo que o nada nos oriente.
Nijair Araújo Pinto
Fortaleza-CE, 28 de março de 2006.
15h53min