DESCOBRI
por Julio Silva
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D as futuras cinzas do coração, hoje apático,
E screvi por testamento, por seu falecimento.
S e poderá ressurgir, tal a fênix? Qual épico!
C omo poderei? Ao fogo da paixão queimou!
O lhei, chorei... por cacos de um sentimento;
B risa sutil que leve, pelo ar, tudo o que restou.
R eleio anotações e nelas não me reencontro;
I magino que assim seja... às cinzas, ao vento!
O vento a soprar as cinzas...
M as, claro! Tudo pode acontecer...
A o vermos possibilidades, incertezas,
R iso fácil! Ainda há algo para dizer?
S e descobri o mar, é porque vi, em sua vastidão,
E speranças que ainda levem-me a nele navegar.
R otas variadas, continentes e culturas, a traçar;
E nquanto não antevejo rumo seguro ao coração,
N ada posso dizer além de trazer a negativa, o não!
O lhar que sorri, enquanto a alma segue, a velejar...
Às cinzas, ao vento e, claro, tudo ao mar...
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