PARA BIANCA...

B onequinha sapeca,

I rrequieta, levada da breca,

A poteose do riso e da farra...

N ão poderia eu deixar

C antando passar

A tua inocente algazarra...

P ortanto aqui te ofereço

E ntre versos de apreço,

R imada dedicatória...

I ntento brindar a tua alegria,

M arejada de inocente sabedoria...

D eves, porém, do mundo, ouvir a historia.

E scuta-a, mas é a consciência que ditará a tua trajetória.

M esmo quando um dia sentires a vida

E nvolvendo-te em dura lida a

D esmoronar-te as ilusões crianças,

E quando vires o egoísmo, vaidade,

I nveja e orgulho te espreitarem com maldade,

R etempera-te. Rogue a Deus uma prece de esperanças,

O mbreia-te com as almas mais perfeitas.

S aibas sofrer com dignidade. E com serenidade

T oma a tua cruz, siga em frente e ame com lealdade.

E squeça as ofensas, perdoe sempre, não te afastes da verdade.

I mita o que há de bom, fuja do mal, sempre um charco de lama...

X odó do papai: Sê sempre caridosa,

E nalteça com fé a Natureza dadivosa...

I mporta sempre que meças teus meios para atingires teus fins.

R espeita a pobreza e faz da humildade o som de teus clarins!

A gora, ria... Amanhã hás te entender o papai que te ama!

Midi: Muñequita (A. Lara)

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 20/02/2008
Reeditado em 20/02/2008
Código do texto: T868092
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