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Galantear diante de uma moça distante,

Embora seja desvario sem razão certa,

Implica sentir o cruel e torpe instante

Revelado pela ausência tão desejada.

Linda mulher: virgem pudica que venero!

Admirar sua beleza é o que mais quero.

Beijar-te-ia a pele desnuda.

Reviraria cada pedacinho seu...

Ah se a vida não fosse isso:

Zombamento puro da ilusão.

Nunca desejei tão ardentemente

Um único toque, uma única carícia...

Meu corpo arde, ardor de homem!

Ele implora o seu corpo, distante...

Não nos imagino juntos, seria malícia,

Entender o que resultaria então...

Seria loucura de insanos devaneios,

Sutis, talvez, mas intensos e quentes.

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 14 de fevereiro de 2008.

17h01min