COLHENDO ALGAS.

 

Acróstico.

Para minha filha:

 

Mesmo que já tenhas me esquecido, eu não te esquecerei jamais e, caminharei além do ato medíocre, em busca da perseverança e da consistência para colher as algas em teus pés.

 

 

Andam os dias sempre iguais a me perseguirem com a tua lembrança teimosa.

Saudades: Esta é a dor que eu sinto e tenho.

 

 

Ressoa e soa dentro da minha alma a tua lembrança, e assim, sempre me acordo com a alma úmida de saudades.

 

 

Comungo as minhas dores com as estrelas, que à distância me espiam na noite vazia em que me encontro, eu sei que estás nelas, intermitente codificando para mim a tua mensagem linda.

 

Inda pouco caiu uma e com ela, escorregou uma lágrima furtiva em minha face já envelhecida.

 

 

Amo-te minha primeira estrela, surgida na aurora bruxuleante da minha vida.

A saudade obstinada foi o que me restou nesse crepúsculo de inverno triste.

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 31/01/2008
Reeditado em 31/01/2008
Código do texto: T840538