COLETÂNEA DE ACRÓSTICOS

MUNDO COLORIDO

u(M)a rosa enfeita um jardim

po(U)como importa se é apenas uma

se (N)o campo o verde predomina

quan(D)o o ar se purifica

olham(O)s o branco das nuvens

a(C)eitamos o azul do céu

e (O ) que fazemos é agradecer

qua(L)quer cor na vida é válida

mund(O) que vemos em cores

no ve(R)melho das flores

ou em (I)nfinitas outras cores

o azul (D)o mar, ora verde

esconde (O)utras tonalidades

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SUSSURROS

(S)onhos, distrações e um mundo de

... pensamentos, a mente flutuando

(U)ma leve tristeza me desgastando

... com lembranças que não se afastam

(S)ussurros ao meu ouvido, emoções

... coisas de um passado distante

(S)ei que não é mais importante

... esse estado de espírito de agora

(U)sa-me o passado aqui no presente

... essas vozes não me deixam em paz

(R)ezo para não ouví-las, sou incapaz

... pois meus ouvidos se acostumaram

(R)isos, vozes alucinantes torturadoras

... tão sagazes que me fazem delirar

(O) meu íntimo não reage, fica a esperar

... que algo mais forte venha em socorro

(S)ussurros, sonhos, lembranças antigas

... querendo-me como resgate do passado

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MÁGOAS QUE MACHUCAM

(M)e fale com sinceridade

c(A)da detalhe da sua vida

al(G)o precisa ser esclarecido

cas(O) não tenha condições, chore

vai (A)liviar-me um pouco

preci(S)o somente de você

(Q)uem tem que ajudar é você

q(U)em precisa de você sou eu

e (E)ntre nós existe amor, eu sei

(M)ostre que sabe esquecer mágoas

n(A)da melhor que esquecer tudo

ma(C)hucar um coração é terrível

mac(H)uque a sua insensatez

desc(U)bra em você outra mulher

e em (C)ada nascer do sol

a sua (A)titude será lembrada

e suas (M)ágoas se atingirão

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PORQUE HOJE É SÁBADO

(P)ela manhã o sol entra pela janela

h(O)je o dia será diferente

po(R)que hoje é sábado, gente

eu (Q)uero aproveitar bem

e q(U)ero tomar uma

qu(E)ro esperar o domingo

c(H)egando ele vou continuar

(O)stentando minha alegria

(J)á esperei o bastante

t(E)ntando me acalmar na semana

(É) impossível fazer isso

a(S) emoções me atiçam

tr(A)zem muitas recordações

só (B)ebendo cerva gelada

par(A) conter toda essa agitação

a(D)oro ver o sábado chegar

(O)uvir música e relaxar

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GLEIDE ÂNGELO

(G)randes personagens se destacam

a(L)ém do objetivo conseguem chegar

pr(E)servam a  índole a todo custo

no (I)mperativo dever de servir

sem (D)esejar retribuição alguma

e a d(E)legada Gleide Ângelo

na su(A) competente ação pública

sem (N)nunca se omitir ou fraquejar

só (G)arante o seu sucesso

e (E)leva a honra de sua classe

e(L)iminando das páginas policiais

(O) seqüestro da menina Júlia

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MATA-ME A DÚVIDA

(M)eu sentimento está exausto

n(A) minha cabeça pensamentos ruins

a (T)risteza me persegue

e n(A) minha vida só contradições

mata(-)me uma dúvida cruel

nada (M)e traz concentração

me pen(E)tra a angústia

em tam(A)nha insistência

fazen(D)o esquecer tudo

e at(U)rar os seus deslizes

na (V)ida o coração fraqueja

e (I)ntima-nos a aceitar e ir

a(D)diante nessas circunstâncias

(A)mor é coisa para não duvidar

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PARTIDA SEM RUMO

(P)arti em busca de algo

... que nem mesmo eu sabia o que era

(A) mente estava confusa

... e eu não dominava os meus impulsos

(R)ia, chorava, era comum

... tinha problemas como qualquer um

(T)inha momentos bons

... e aproveitava o máximo que podia

(I)a de encontro

... a realidade, tinha desejos futuros

(D)ava tudo de mim

... para ver a felicidade minha e alheia

(A)final todo ser humano

... deve ter essa mentalidade

(S)empre sonhei acordado

... em realizar uma ou mais coisas

(E)nvolvendo minha pessoa

... e todos aqueles que me cercam

(M)esmo enfrentando

... as piores dificuldades da vida

(R)esolvi então fugir

... de um mundo quase sem futuro

(U)m mundo no qual

... me encontro fisicamente com vocês

(M)as agora parti

... e me encontro fora dessa área global

(O) local exato não sei

... e só retorno quando a paz de espírito me envolver

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SOU APENAS PALAVRAS

não (S)ei mais quem eu sou

não c(O)nsigo compreender nada

sinto (U)ma tristeza sem fim

o v(A)zio da alma me chama

ele (P)osso atender sem refletir

fragm(E)ntos de vida, flashes

lembra(N)ças que se formam

na minh(A) mente confusa

são só a(S) palavras tímidas

(P)ara me sentir como gente

p(A)ra expressar que existo

a (L)inha do meu tempo pede

pal(A)vras, palavras e palavras

que (V)agueam pelos pensamentos

e se (R)enovam a cada poema

de cad(A) manhã quando escrevo

para de(S)cobrir quem eu sou

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DEUS CURA PELO MERECIMENTO

(D)eus (C)ura, isso é fato

s(E)m oc(U)ltação de verdades

é (U)ma g(R)ande perfeição o milagre

sua(S) re(A)lizações são bem vindas

e podem mudar a natureza do homem

(PELO) fato de ser uma necessidade

os ho(M)ens precisam mudar

rever (E)sses seus conceitos

investi(R) em mais saúde

manter s(E)us hospitais perfeitos

também (C)uidando da mente

para n(I)velar com o céu

suas (M)aneiras para as curas

se D(E)us nos dar condições

se (N)os dar curas de doenças

en(T)re outras vantagens na vida

c(O)no pode alguém recusar isso?

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ENTARDECER MELANCÓLICO

(E)m pleno verão, na casa de praia

e(N)volvo-me numa nostalgia perene

en(T)re alguns cochilos na varanda

no (A)conchego de velha rede

deli(R)ei com visão a minha frente

numa (D)istância razoável o mar

a tard(E) já indo embora

céu na (C)or avermelhada

e aves r(E)voando com maestria

já a espe(R)ar pela noite

esqueci a (M)melancolia

para conh(E)cer a realidade

que via (L)á fora, bem nítida

um mar (A) minha frente belo

acompa(N)hando suas ondas

a pro(C)ura da areia fina

com (O) barulho característico

ao (L)ivre sabor do vento

va(I) a minha tristeza embora

a(C)aba de vez essa melancolia

(O) meu prazer termina com a noite

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ESTRANHA NOITE

aquietou-se a noite inesperadamente

(E)m instantes os sussurros do vento

a(S) correntes de ar assustaram

en(T)rando pelas janelas abertas

no (R)ecinto da mansão o medo

a tr(A)nsformar rostos em

aparê(N)cias fantasmagóricas

nessa (H)ora a chuva chega

e alter(A) o clima noturno

aumentando ainda a insegurança

essa (N)oite impressiona muito

faz (O)s corpos estremecerem

e l(I)mita seus movimentos

ba(T)idas na porta e tensão

l(E)varam todos ao desespero

mas era só o vento querendo entrar

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Vasculhando meus escritos em papéis antigos encontrei esses acrósticos que ainda não tinham sido publicados aqui no Recanto.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 24/03/2025
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