Inocência Perdida
I menso é o abismo que a mente alcança,
N o olhar já não há a mesma esperança.
O ontem foi puro, mas o hoje desfaz,
C ertamente, o tempo não volta atrás.
Ê xtase de sonhos, agora desfeito,
N ada resta senão um vazio no peito.
C orrompida a pureza, quebrado o encanto,
I lúcidos são os que choram no canto.
A vida, que outrora fluía serena,
P erdeu-se no caos, onde a dor se acena.
E m cada lembrança, um traço de saudade,
R estam apenas ecos da verdade.
D espedem-se os dias de infância querida,
I nvade a alma a pesada ferida.
D everas, a inocência há muito se foi,
A gora, só resta o que o mundo corrói.