POR SHIRLEY: VOZES CONTRA O SILÊNCIO DA VIOLÊNCIA

 

Silêncio rompeu-se em grito sufocado,
Há dor e luto onde havia amor e vida.
Injustiça feita pela mão do namorado,
Roubou de nós uma alma tão querida.

Luz que se apaga, mas não em vão,
Exigimos justiça, respeito e igualdade.
Yes! Respeito e igualdade, sim, senhor,

 

Basta de violência, chega de dor!
Lutamos por vidas e, pela Mulher,
Enfrentamos o ódio, sem esmorecer.
Não ao Feminicídio, não ao horror,
Dignidade e paz, esperança e amor;
Ao nome de Shirley, nossa homenagem,

 

Caminhemos juntas, firmes na coragem.
O fim da violência é nosso desejo,
Reafirmamos aqui, nesse ensejo.
Renova-se a esperança de um amanhã
Em que todas sejam livres, de alma louçã.
A Shirley, nossa eterna lembrança,

 

De outro lado da vida descansa, em paz descansa,
Ao som da nossa luta, em perseverança.

 

Seguiremos, por todas, sem embaraço,
Incessantes, na busca por justiça e amor.
Legado de coragem, em cada passo,
Vitoriosas, no caminho do valor.
A Shirley, por todas nós: NÃO ao terror!

 

Melgaço, Pará, Brasil, 22 de agosto de 2024.
Composto por Iara Cinthya Marcondes da Silveira
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Homenagem do poeta à jovem Shirley Blenda Corrêa da Silva, 15 anos, covardemente assassinada no dia 6 de setembro de 2021 pelo próprio namorado. Hoje, 22 de agosto de 2024, o Tribunal do Júri o condenou a 16 anos, 9 meses e 15 dias de prisão. Descanse em paz, Shirley, a Justiça foi feita.