8001-A RAPOSA E AS UVAS E COMENTÁRIOS - Acróstico para reflexão nº 8001 Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil

8001-A RAPOSA E AS UVAS E COMENTÁRIOS

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Acróstico para reflexão nº 8001

Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil

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A- A fábula de Esopo tem muitas explicações:

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R- “Refletimos que nem sempre querer é poder”

A- “A conquista exige sacrifício, planos, execuções”

P- “Precisamos assumir e fazer todas as tarefas”

O- “Os tropeços apontam o dedo para o que está errado”

S- Se algo “não deu certo, hoje, em breve acontecerá”

A- “A responsabilidade exige que erros devem ser corrigidos.”

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E- É a verdade que liberta, tudo o que tiver valor nas ações.”

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A- A raposa é tida como um “ser bastante astucioso” porque

S- Sabe safar-se, com criatividade, de muitas situações”

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U- Uma teimosia, nem sempre é boa, tal a persistência, mas

V- Vale para alimentar a frustração, diante de uma decepção”

A- Ajuda a amenizar o mal-estar, que provoca o desprezo,

S- Salientando a lição: “Quem desdenha, quer comprar.”

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil,16 de agosto de 2024.

https://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/8130555

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Fábula: A RAPOSA E AS UVAS-

Vamos pensar um pouco:

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1- A Raposa e as Uvas é uma fábula atribuída a Esopo e que foi reescrita por Jean de La Fontaine.

[...] uma raposa que tenta, sem sucesso, comer um cacho de convidativas uvas penduradas em uma vinha alta. Não conseguindo, afasta-se, dizendo que as uvas estariam verdes.

“É fácil desprezar aquilo que não se pode obter”.

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2-Na expressão persa: "O gato que não pode alcançar a carne diz “isso fede!"

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3-Na língua inglesa, a expressão "uvas azedas" — derivada dessa fábula — refere-se à negação de um desejo por algo que não se adquire facilmente ou à pessoa que detém essa recusa.

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4-A expressão também está presente nos países escandinavos, onde o termo 'azedar uvas' foi substituído por 'azedar sorvas' pelo fato de as uvas não serem comuns em latitudes setentrionais.

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5-Na psicologia, este comportamento é conhecido como racionalização (embora seja mais conhecido como redução da dissonância cognitiva).

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6-No discurso coloquial, a expressão do idioma é aplicada a alguém que perde e não consegue fazê-lo graciosamente. Estritamente falando, deve ser aplicado a alguém que, após a perda, nega a intenção de ganhar por completo.

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7-A expressão "Ah, mas são verdes" é utilizada em Portugal quando isto acontece. O provérbio português "quem desdenha quer comprar" é comumente associado a esta fábula.

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8- Não é sábio menosprezar aquilo que está fora do nosso alcance. Talvez, em vez de desdenhar das uvas, a raposa deveria reconhecer “que nem sempre conseguimos ter tudo o que desejamos."

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9-A raposa aprendeu uma valiosa lição naquele dia. Com humildade, reconheceu que a amargura não estava nas uvas, mas em sua própria atitude, e que a verdadeira doçura muitas vezes reside na aceitação e na gratidão pelo que temos.

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10-Esta fábula transmite a sabedoria da humildade e aceitação das nossas limitações. A raposa, conhecida por sua esperteza, ao não conseguir alcançar as desejadas uvas, tentou menosprezá-las, alegando que estavam azedas e, por isso, não valeriam a pena. No entanto, a sábia coruja destaca que o problema não está nas uvas, mas na atitude da raposa.

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11- Vale lembrar que estamos todos em um eterno aprendizado e que os erros nos fazem enxergar aquilo que precisamos alcançar para nos melhorar, seja no âmbito de conhecimento, competências e habilidades, quanto no âmbito moral e ético.

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Resumo da Fábula:

A RAPOSA E AS UVAS

Uma raposa bastante faminta há dias caminha por um pomar até que encontra um cacho de uvas bem apetitoso. As uvas se encontravam em seu ponto de corte ideal e exalavam um cheiro hipnotizante, bem como sua aparência. Sabendo que não havia ninguém por perto, a raposa se preparou para pegar as uvas a todo custo. O problema é que o cacho ficava no alto.

Ainda que estivesse limitada pela fome, a raposa deu tudo de si para pegar o cacho. Faminta e curiosa, sua atenção foi atraída por um vislumbre de cores em uma videira próxima. Ao se aproximar, a raposa descobriu um magnífico cacho de uvas maduras e suculentas. Salivando, ela decidiu que aquelas uvas eram tudo de que ela precisava.

Mesmo longe de suas patas, o animal não parou de tentar tudo o que tinha à mão para pegá-lo. Diante das circunstâncias, não parou de variar suas habilidades de caça.

Porém, a raposa não prestou atenção na altura desafiadora dos ramos. Com agilidade e destreza, ela saltou, tentando alcançar as outras apetitosas uvas diante de seus olhos. Determinada e sob o olhar atento dos outros animais, buscou vários métodos engenhosos para pegá-las.

No entanto, por mais que se esforçasse ao estender as patas elegantes, a cada salto as uvas pareciam se afastar ainda mais.

Contudo, tudo se mostrou inútil. Após diversas tentativas sem sucesso, finalmente desistiu, mostrando-se cansada e bem desapontada.

A frustração da raposa começou a transformar-se em descontentamento. Tentando disfarçar a derrota, exclamou bem alto: "Essas uvas não devem estar maduras o suficiente. Certamente estão azedas e não valem a pena!"

Os outros animais da floresta que observavam a cena perceberam a intenção da raposa e sua tentativa de esconder o fracasso.

Uma sábia coruja, que acompanhava tudo de longe, se aproximou da raposa e disse: "Minha amiga, não é sábio menosprezar aquilo que está fora do nosso alcance. Talvez, em vez de desdenhar das uvas, você deveria reconhecer que nem sempre conseguimos ter tudo o que desejamos."

A raposa aprendeu uma valiosa lição naquele dia. Com humildade, reconheceu que a amargura não estava nas uvas, mas em sua própria atitude, e que a verdadeira doçura muitas vezes reside na aceitação e na gratidão pelo que temos.

Fim

https://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/8130555

Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 16/08/2024
Reeditado em 16/08/2024
Código do texto: T8130555
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