Laura.
Laura. (Acróstico.)
Lembro-me de quando a vi, linda, meiga, com suas madeixas presas, (Eu pedi que á soltasse.) seu sorriso estonteava-me a ponto de levar-me ao naufrágio certo, os seus lábios, as portas de Hell.
A vida transformou-me capitão dessa Nau de letras, lançando-me aos mares de tantas poesias, um mar aberto de tormentas nas frases constituídas, de vendavais nas composições sem rimas, mas, no final, se não afundar-me, de certo privarar-me do teu olhar.
Uma canção foi entoada nas velhas lendas do além mar, quem velejou por este pélago de proporções abissais, pode escrever contos de amor e morte em prol dos corações desesperados por viver.
Runas mostraram o desfecho desta aventura, Odin na sua sabedoria requisitou à Freya .o amor necessário para compor, de Brágui, a melodia perfeita para enfeitar um provável nascer do romance, e, de Loki, o fogo que guiará o coração a esta perdição.
Amanhã, essa lenda se tornará mito, esse mito, uma mitologia que será cantada por trovadores nos confins do nosso mundo, mundo esse, que, como as ondas deste mar que hoje eu cruzo, ao chegar na praia irão se quebrar sem restar nem mesmo as espumas para as gerações vindouras saber quem amou, ou, quem de certo foi amada.
Texto: Laura. (Acrósticos.)
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 23/05/2024 às 21:50