MORRENDO DEVAGAR

Meus amigos, eu não calo,

Oro e sinto bem direito,

Real é sempre o abalo,

Rente aquilo que é meu jeito!

Entretanto, sei que pouco falo,

Não é rápido, mas como é feito?

Da morte o triste embalo,

Orando e pedindo me deito!

Derradeiros são meus verso,

Erradas minhas pedições,

Verdades ou mentiras do Universo,

Ando sentindo as lições.

Galanteio sempre o anverso,

Ainda que saiba as preleções,

Rei, de Vida e Mortre, o inverso!