Izaura.
Izaura.
Inefável, seria talvez a descrição mais perto do que eu via, uma mulher cujo sorriso emanava por todo ambiente deixando um ar agradável, e, levando-me às portas do ilusório céu, saudou-me.
Zeus talvez tenha criado tal ser no momento bucólico de sua vida, olhando o campo, em seu jardim, inspirando-se na paisagem de onde o horizonte tocava as águas do profano Tártaro.
Ah! Se ela pudesse ver com seus próprios olhos a noite curvando-se enigmaticamente diante do fascínio que trás seus cabelos solto ao sabor de Eolo. (deus do vento). Ela de certo sentiria o poder que tem nesse pequeno gesto feminino.
Uma vez, um certo senhor, perdido na imensidão do pélago, ouviu uma canção que o guiava para os recifes a beira mar, aquele som inebriante daquela voz suave o deixou a deriva jogado em devaneio nos seus braços desta profana Nokken (Sereia na mitologia Nórdica).
Retórico, e, reflexivo foram seus pensamentos diante de tal encanto, o velho embora racional por natureza, viu-se restrito pelo tempo, hoje, abeirando cinco décadas, reserva para si o direito de apenas escrever não porque é um Hobby, mas, porque a vida mostra-se contra.
Adepto a essa arte, ardiloso como um felino a espreita com a presa ao alcance, com afeto em cada palavra formando seu nome a cada primeira letra de cada verso, astuto, mistura realidade com fantasia, fantasia com mitologia para ocultamente diluir seus desejo neste texto, nem profano, nem sacro, apenas humano.
Texto: Izaura. (Acrósticos)
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 10/04/2024 às 03:15