Enseadas da Vida.
Enseadas da Vida.
( Acrósticos Geovana.)
Garoa, vento sul, sufocando meus gemidos. De longe podia ser visto a nau, ou, o que pelo menos era.
Entre uma onda e outra, lembranças de canções do além mar guiavam-me sem fronteiras ao horizonte do seu olhar.
Outono era a estação vibrante naquela fatídica noite, em meio aos destroços meu corpo esguio pousava.
-Vamos resista. A voz suave penetrava meus ouvidos como as melodias entoadas pelas sereias nos recifes abertos da alma.
Aquela garota tinha cabelos claros, olhar cor de mel, um andar quase hipnótico, e, a força de mil embarcações.
Naqueles traços qualquer um por mais desbravador que fosse temeria desbravar sua natureza, por mais aventureiro que fosse, jamais ousaria aventurar-se em tão desconhecido mundo.
Antes de zarpar para imensidão deste pélago, antes mesmo de sentir meu mundo esvair-se do meu olhar, minha frota se perdeu nos amores que as enseadas da vida ofertou, quanto a mim, quase morro por viver seu amor.
Obs: Feito no hospital enquanto tomava soro, a enfermeira cujo nome faz o acrósticos me cedeu carinhosamente para servir de inspiração. Obrigado.
Texto: Enseadas da Vida.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 22/04/2024 às 17:30