Vanessa.
Vanessa. (Acróstico)
V elejei por anos a procura de conquistas, nesse tempo me perdi, esqueci das verdades, sabotei meu ideais, sufoquei meu amor, acreditando viver.
A mei muitas mulheres naufragando os sentimentos, vivi a vã ilusão de ganhar, e, sem parar pra pensar, não percebi as perdas.
N inguém escapou ileso nas batalhas que travei, fui o melhor entre os melhores, o mais brutal de todos os guerreiros, até sentir a dor tomar meu peito.
E stava tão perto de ser um deus, tão intocável quanto imortal, sem conhecer o medo nem acreditar em magias, vir-me louco entre os gritos e o trincar das espadas, então, chamei seu nome em línguas já esquecidas por séculos, para perceber que tinha perdido a fala.
S enti vontade de fugir, de renegar a solidão, senti vontade de chorar de tristeza pelos feitos do passado, derrotado por essa força sobrenatural que invadiu meu leito nas noites vazias.
S egui desesperado em direção ao mar cego pela fumaça das setas rasgando o céu, estas queimavam os campos do nosso quadro de outrora, estava ferido mais não sangrava, que tipo bélico seria capaz de ferir sem mesmo tocar?
A beira do caos, icei as velas em curso para o alto mar, sem saber ao certo que direção seguir, encontrei-me à deriva, apenas o vento guiava-me, a vontade de chegar em qualquer porto, sair do cais dessa solidão esquecendo a tristeza, para sentir de novo o desejo de amar, e, ainda assim, saborear o prazer de voltar sorrir nos seus braços, ainda parece devaneio...
Texto: Vanessa.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 18/05/2001 às 23:45