DO BERÇO AO TÚMULO
No jogo ilusório da carne,
ilude-se o homem
com os milhões
sabe Deus
como adquiridos,
concorrendo para vegetar,
“passar pela vida
sem viver”.
Celebre o quanto puder
o melhor presente
que tem — a vida,
de sorte que a morte ,
virá um dia, lhe bater
a porta, assim como o faz
com todo ser vivente
que habita a Terra.
O ouro que juntar,
a trapacear pessoas
na usura e avareza,
na avidez
de angariar riqueza,
de nada valerá
na frigidez
da morte.
Se perde o ser humano ,
a fazer planos de grandeza,
da ostentação — se aprazer,
fazendo da vaidade um trono,
mesquinho e ambicioso , a ampliar
as posses que na gula adquire,
sem pôr e tire,
enquanto a vida passa...
Na pobreza de atitudes,
seres sem virtudes --
diminutos, traiçoeiros,
desonestos e orgulhosos,
arrogantes e prepotentes,
escravos da cobiça ,
não veem que a vida passa,
dissipa-se qual fumaça!
Estúpidos não veem que do berço
ao túmulo, é um átimo de segundo.
Incrível que tudo se assenta.
Não tem nada de improviso .
Toda criatura de Deus faz a viagem.
O humano, assim como veio ao orbe
nu, retorna ao Mundo Invisível
sem levar nada na bagagem!