ACRÓSTICO II
I mpossível acreditar nos sentidos, tamanha aflição.
M eu caminho toma novos rumos, sem direção.
P eço a Deus proteção, mas, sinto, será que é em vão?
E le parece não obedecer ou não ler a Constituição.
R indo de todos, meus irmãos seguem em prisão.
A lguém, talvez explique, mas, não encontro razão.
D itador, nos encaminha para uma revolução.
O país já não suporta essa grande desconsideração.
R ealeza sem reino é, talvez, uma alucinação!
A lguém me faça acreditar na sanidade senil,
L ivrando o povo de uma ação imbecil,
E jamais causando temor ao país varonil,
X ingamentos não, palavrório servil,
A mor pelo brasão cuja ação destruiu.
N unca jamais, coisa igual já se viu.
D itadura militar, submissa, sucumbiu.
R einado ilegítimo, que humilha um povo gentil.
E sticando a corda e enforcando o Brasil!