A Rosa e a Guerra

A Flor e a Guerra

No meio de uma grande guerra,

Havia uma flor murchando.

Em volta, mortes, desterro,

Medo, fogo, gritos, urros.

E lá, bem junto do muro,

Uma criança sozinha

Olhava a flor que murchava,

E dela se apiedava.

Esqueceu-se de seu medo,

Conseguiu uma vasilha,

Encheu-a de água com sangue,

Levou à flor moribunda...

No meio de toda a guerra,

Sentiu a necessidade

De salvar aquela vida,

E seguiu sua verdade...

Mas veio um duro coturno,

Aproximou-se da flor

E sem nem sequer olhá-la,

Pisoteou-a e se foi...

A criança, num suspiro

De dó, desânimo e dor,

Pegou no chão sua vasilha,

Foi procurar outra flor...

Ana Bailune

A Flor e a Guerra

A flor se

F az esperança

L á onde há

ó dio e

R ancor

E nquanto

A fé de uma criança

G rita e pede Paz em

U m mundo de guerra

E la não desanima

R esponde ao que destina

R efaz o seu caminho

A creditando em tudo que faz.

Angélica Gouvea