Cold angel hands
Eu sonhara ou vivera torpe pesadelo?
Deveras, qu’a ventura habitava casa do vazio…
Imagens d’ alvas brumas ,ocaso derradeiro?
Lembranças sobre dorido corpo,algo frio,
Ah! Contudo, devolvia-me Vida efusiva e bela !
Invio caminho entre o passado e meu presente…
Nele, encantada ponte pintada ,tosca, cor amarela,
E a vida passada voltava `a passar novamente…
Lá ,entre serafins , arcanjos e irrequietos querubins
Um grupo de anjos de mãos tão frias como a neve
Desceram, alegres do céu´,foram ,pois,ter à mim!
Merecia tamanha ternura em tempo tão breve?
Imaginava ,jamais um sacro oficio repleto d’amor,
Lágrimas ocultas , ribeirinho na face,como supor?
Mãos frias de anjo, tâo puras,macias,tâo castas,
Algo imaculado,grande falava com a alma.
Invio caminho entre o passado e meu presente…
Sabia contudo que não mais havia a ponte alva
A VIDA nâo voltaria,pois, à passar,novamente?
Deixei-me levar por anjos de tâo frias mãos,
E ainda que repleto de medo,fora de meu abrigo,
Busquei nelas o afago cálido do melhor amigo,
Onde a harmonia ,docemente,afaga dorido coração,
Ramo d’esperança trazido no bico de um passarinho,
Aliviou d’angústia que carregava ,triste,comigo …
Ah!Que no lugar de dura maca de frio metal ,
Montaram macio leito de floridas açucenas …
As fadinhas,com carinho,retiravam todo mal.
Mimosa gota d’orvalho umedeceu simples apenas…
Deixaram cair estrelinhas sobre o meu peito,
Ah! Elas são mais belas que a própria Beleza !
Pingos rolaram sobre a face, chuva prazenteira,
Anunciando que eu não estava mais sozinho!
Tremula gota rolou dos olhos de um passarinho…
Riam irrequietos querubins,milagre acontecera!
Invio caminho entre meu passado e meu presente,
Caminhei por encantada ponte pintada ,tosca,amarela
Ah!Que a vida feliz passada voltou à passar,novamente…
Este poema acróstico dedico à Edilaine, Ludmila,Debora,Maisa,Amanda e Patricia