SILÊNCIO
(acrósticos)
S ussurros não há, só o
I ntimo rumor da alma cansada.
L amentos da terra repetidos no
E co da vida nua e crua,
N um instante em que o
C éu se abre mostrando o sol que
I mplica com o tempo, o qual
O mite os segredos da brisa.
S ensação de uma paz
I ntima e tão desejada.
L ivre, talvez até necessário,
E stimulando às vezes nosso “vazio”,
N osso sonho e nossa
C onsciência em chamas causada,
I ntoleravelmente pelo tumulto, pela
O usadia dos ambientes poluídos.
S onho além... Além sonho.
I nício de calma... Calma procurada.
L ongínquo e tão perto de nós
E é o caminho do solitário
Na volta da saudade
C ontida... Incontida.
I nício de calma... Calma encontrada
O culta no próprio silêncio.
© Copyright: Ivon das Aldeias
[Salvador_16. Set. 1976]