ELEGIA À AMADA QUE SE FOI

 

Ao Sr. Felinto Lobato García


Saudade é a palavra que define a dor desse momento
Eternizado nas cálidas lágrimas dos rostos abatidos
Muitas lágrimas que demonstram o sentimento
Ímpar daqueles cujos corações estão feridos
Rasgados, despedaçados, dilacerados,
A esvaírem-se nas pálidas pétalas da flor
Mimosa flor que foi colhida em campos nacarados
In memorian, lembrada sempre com muito amor:
Saudade, na eterna saudade que nos restou!

Como há de ser dos que te amavam tanto
A triste vida a partir de agora?
Resumir-se-á a um eterno pranto
De teu sorriso ansiando a aurora?
Ou prossigam talvez a caminhada
Sempre a lembrar-te tão cheia de vida?!
O amanhã como será sem ti, querida?!

Guardaremos teu afeto inefável
A cada instante que ainda nos restar
Reluzindo na lembrança adorável
Chama ardante que nunca apagará...
Imensamente vamos honrar dia após dia
A tua doce ternura, ó Semíramis Cardoso Garcia!

 

Melgaço, Pará, Brasil, 21 de dezembro de 2011.

Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo.
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Por ocasião do falecimento, ocorrido em 20 de dezembro de 2011, de D. Semíramis Cardoso Garcia, esposa do Sr. Felinto Lobato Garcia [Chiquito Garcia], e tia do poeta! Eternas saudades!