Hellen
Hellen
Há quem um dia fale de contos, fabulas e lendas.
De quem escreva nomes em areias, pétalas e pedras.
Sobre o sofrer humano do coração
De quem chorou apenas uma lágrima em meio a tantas águas
E sorrir com um sorriso largo quanto profundo
De quem havia perdido o rumo dos sonhos
Ou jamais tivesse encontrado uma sombra de olhar amigo
Em dias que nas provas que a dura vida nos coloca
Faça brotar a mais bela frase de amor
Que toque a canção que entristeça o peito
Do coração que jamais se abriu
Ou por estar escancarado demasiadamente finda em feridas
Lugares bonitos
Estradas desertas
Um mar de desespero
Nada que não possa ser falado
Luas em pleno dia
Sol apagado pelo eclipse
Vidas e mortes
Poesias e trovas
Entre tantas histórias
De espadas e justiças
Deuses e demônios
Símbolos pagãos
Nas cem das mãos que um dia empunhara uma pena
Linhas e margens de uma única alma
Que em versos nascem
Ninguém ousou um dia se quer falar
De uma garota que na imortalidade de suas fases
Que chora, que ri, que sonha.
Que da beleza de sua natureza
Engrandece suas ações
Dessa que por onde pisa nasce à maturidade
Que descansa as faces do amor
De quem nunca vi o rosto
Ou já tenha ouvido a canção soar de sua boca
Que o acaso me condenou a nunca conhecer
Nunca......
Até do exagero vive a poesia
Que seja breve sua tristeza
E eterna a sua felicidade
Texto: Hellen
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 26/01/2005