NA MADRUGADA FRIA

 

O calor, voluptuoso fogo ardente do corpo teu
Rasga minha pele, queima minha alma e meu...
Goza... usufrui e exaure do espírito à matéria,
A matéria, parte de mim que, sem ti, torna-se etérea...


Sente... sente a volúpia que te envolve os sentidos,
Minando-te as pulsações e te esgotando os gemidos,
Os teus miados desentranhados de tua alma felínea

Enlanguescidos ante a fresca madrugada sangüínea!

Esse momento singular parece estar pluralizado:
Xereca e cassete ardentes, em chamas, vulcanizados
Tua fera e minha fera sempre em acasalamento estarão.


Amalgamados um no outro, sintonizamos num só espasmo
Somos síntese do gozo pleno: êxtase & orgasmo
Eros e Tanatos, saciados, habitando um só coração!

 

Capanema, Pará, Brasil, 03 de fevereiro de 2003.
Composto por Jadilton Marques & Samuel Marques.
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Soneto/acróstico escrito em parceria com Samuel Marques Duarte, estimado amigo e colega do curso universitário de Ciências Contábeis, turma de 2001-2006, Núcleo da UFPA em Capanema/PA.