O ADEUS DE UM ESTADISTA

Jubilosos os portais da eternidade
O brioso homem, receberam, sem igual.
Saudando-o, os anjos em festival,
És bem-vindo - lhe disseram - tenha bondade,

Assente-se e descanse só um pouco! [...]
Lamentamos essa perda irreparável
Em meio aos cacos de um mundo louco
No burburinho da noite inefável.
Cessem os hinos todos entoados
As glórias sem par dos mascarados
Resoluto, Alencar nos deixa órfãos!

Guardaremos no sótão da lembrança
O exemplo maior de honradez, bonança,
Melhor virtude, celestes órgãos!...
Em tristeza e pranto nos quedamos
Sol entre nuvens, oh!, piar de gaturamos!

Da coruja o algúrio impoluto
Anuncia que o Brasil está de luto!...

Seguindo em frente, já que a vida continua,
Imitemos o estadista, (levemos-lhe madressilva...)
Lutando pra que não haja mais crianças de rua
Vamos, Brasil, mostra tua cara nua e crua
Avante, por José Alencar Gomes da Silva!

 

Melgaço, Pará, Brasil, 29 de março de 2011.

Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo.
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Homenagem do poeta ao homem honrado, José Alencar, vice-presidente da República, que adentrou os Portais da Eternidade em 29 de março de 2011. Eternas Saudades!!!