NÃO DIGAS MAIS NADA (acróstico)
Não digas mais nada, não gastes o teu latim...
Ainda que seja amo-te, eu sei que não é pra mim.
Onde anda o sonho, que se desfez nos braços da ilusão!
Digas o que disseres, não aquieta o meu coração
Imaginei-te desnudo, no verão da minha quimera
Gozando os favores afrodisíacos do sol
Ai santa ingenuidade que magoa
Sempre que chega o inverno, eu penso que é primavera!
Mas sou assim, simples como um pássaro que voa
Andando ao sabor agridoce do nada
Irisada com o brilho ofuscante da verdade
Seja, Já perdi o sentido de ser amada!
Não digas mais nada, nem me chames de amor
As palavras devem ser caladas, quando semeiam dor.
Doravante, serei mais cautelosa para que nada me doa.
A viagem cor de rosa que antevi, não passou de mera loa!
©Maria Dulce Leitao Reis
18/02/17